Canguçu, sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Histórias de Canguçu: Museu Capitão Henrique José Barbosa

O Museu Municipal de Canguçu foi fundado em 15 de dezembro de 1972. O ato oficial de criação é de 1983 quando recebeu da Câmara de Vereadores, a denominação de Capitão Henrique José Barbosa. O museu fica aberto diariamente das 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h. Também é possível agendar visitas pelo telefone […]


O Museu Municipal de Canguçu foi fundado em 15 de dezembro de 1972. O ato oficial de criação é de 1983 quando recebeu da Câmara de Vereadores, a denominação de Capitão Henrique José Barbosa. O museu fica aberto diariamente das 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h. Também é possível agendar visitas pelo telefone (53) 3252-3950.

Foto: Prefeitura

O Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa nasceu da vontade da Museóloga e Pesquisadora de História de Canguçu, Professora Marlene Barbosa Coelho.

História

Desde cedo Marlene começou a buscar a verdade sobre a história de Canguçu, pela via do patrimônio histórico comunitário. Em cada lugar, em cada família, na qual ela chegava, questionava, analisava, ia no mais fundo do ser e sempre encontrava algo que era importante para montar a história de Canguçu.

Não havia espaço disponível para armazenar as coisas que ela selecionava e enquanto lutava para conquistar um local para expor seus artefatos históricos , guardava tudo em sua própria casa, dentro e fora de seu guarda-roupas, na sala, no quarto, onde sobrava um espaço, ali se encontrava mais uma peça ou um documento para o “Seu Museu” como era chamado pelos colegas.

Foto: Prefeitura

Graças as suas inúmeras viagens ao interior em busca de resquícios da civilização indígena em tempos remotos em nosso Canguçu é que hoje podemos ver estes artefatos em exposição no Museu Municipal.

O museu conta hoje com um acervo de 1756 objetos, além disso o museu conta com arquivo histórico, possibilitando a pesquisa tanto em jornais, como fotografias, documentos e publicações, que mantém viva a história não só da cidade como a da região.

O objetivo do Museu Capitão Henrique José Barbosa é a preservação do nosso patrimônio histórico como um todo.

Foto: Prefeitura

O Museu

Fica localizado na Casa de Cultura – Palacete construído em estilo neoclássico, construído pela de Horácio da Cruz Piegas em 1879.

O Museu Histórico tem seu acervo, origem inicial das doações de Marlene Barbosa Coelho. Hoje possui, além de objetos, jornais e documentos que contam a vida de Canguçu, Rio Grande do Sul e Brasil, de origem de diversos doadores e colaboradores.

Quem foi o Capitão Henrique José Barbosa?

Filho de pioneiros de Canguçu, teve de deixar família, campo e criação e empenhar-se na defesa de nossas fronteiras. Participou das lutas externas 1864-70 contra Atanazio Aguirre do Uruguai e Solano Lopes do Paraguai, tendo tombado em campanha vítima de doença em algum Hospital de Sangue do Exército, no Paraguai.

Destaques da Exposição

Foto: Prefeitura

ORATÓRIO, muito usado nas residências antigas em função da distância das Igrejas. Junto a oratórios como estes eram realizadas cerimônias religiosas, como missas, batizados e casamentos, quando da passagem de Padres pelas fazendas.

GRAMOFONE espécie de toca-discos antigo, datado do início do século XX. Funcionava a corda e reproduzia o som gravado em discos de vinil.

RELÓGIO DE PENDULO, artigo de luxo, era encontrado nas salas das casas mais abastadas, sua batida era forte o suficiente para que fosse ouvida em todas as dependências de casas grandes.

Em exposição O BRASÃO  da Primeira Bandeira Municipal, recolhida pela Brigada Militar durante o período da Ditadura Militar.

Os BRINQUEDOS, eram simples e pouco variados. Meninas brincavam com bonecas de pano, confeccionadas pelas avós. Famílias mais abastadas ofereciam a suas filhas bonecas de porcelana que vinham do centro do país e mesmo da Europa.  Meninos brincavam com carrinhos, bolinhas de gude, gadinho de osso, em sua simplicidade.

Os ÁLBUNS, de grande beleza, guardavam fotografias ofertadas por parentes e amigos. Em exposição nas salas de visitas, eram muito apreciados. As fotografias eram objetos de grande valor, raras e caras, assim sendo, percebe-se nas fotografias antigas, grande esmero nas roupas, jóias e penteados.

MÁQUINA FOTOGRÁFICA, de confecção caseira, fabricada pelo fotografo Egídio Camargo, servia para fotografar imagens de longa distância como as de vistas da cidade dos anos de 1939 e 1942, também expostas nesta sala.

Fonte: Prefeitura