Estrada Iluminada: mensagem de Fénelon
Sempre em nossas palestras, que agora com a pandemia ficaram restritas e passaram a ser não presenciais, enfatizamos a informação de que somos espíritos iguais aqueles que já se foram, com uma única diferença, é que ainda estamos no corpo material, enquanto os que já fizeram o passamento vestem um corpo fluídico, invisível aos nossos […]
Sempre em nossas palestras, que agora com a pandemia ficaram restritas e passaram a ser não presenciais, enfatizamos a informação de que somos espíritos iguais aqueles que já se foram, com uma única diferença, é que ainda estamos no corpo material, enquanto os que já fizeram o passamento vestem um corpo fluídico, invisível aos nossos olhos.
A propósito, trago a todos uma das leituras da madruga, com uma mensagem mediúnica que foi recebida na cidade de Sens na França, no ano de 1861 e que tem como autor o Espírito Fénelon, que quando passou pelo plano carnal foi escritor e poeta, e que diz assim:
“Falando de um homem mau, que escapa de um perigo, costumais dizer: “Se fosse um homem bom, teria morrido. ” Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação.
Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.
Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais: “Antes fosse este”. Enunciais uma enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre?
Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito?
Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro.
Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos.
Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira”.