Francisco Coelho: Declaração Anual de Rebanhos é uma ferramenta importante
Estamos nos aproximando de mais uma campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul e, a prévia desta campanha, que deve vacinar todos os bovinos e bubalinos de nossa propriedade, é a Declaração Anual de Rebanhos que precisa ser entregue até o dia 30 de abril. A declaração anual de rebanhos […]
Estamos nos aproximando de mais uma campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul e, a prévia desta campanha, que deve vacinar todos os bovinos e bubalinos de nossa propriedade, é a Declaração Anual de Rebanhos que precisa ser entregue até o dia 30 de abril.
A declaração anual de rebanhos consiste em uma atualização das idades e quantidades de animais que temos em nossa propriedade. Feita em um formulário próprio (disponível na Inspetoria Veterinária de Canguçu e em casas agropecuárias), esta importante ferramenta é fundamental para o controle de estoques das espécies, controle das movimentações (compra, venda e transferência) e para que o produtor tenha a real situação de sua propriedade, seja na quantidade ou na idade dos animais, para os quais ele possui registro neste órgão oficial.
No momento da Declaração Anual de Rebanhos, o produtor tem a obrigação de informar os nascimentos, mortes, consumos e a evolução da idade de seus animais. Isso facilita o controle e a emissão de guias de transporte para os mais diversos fins (abate, venda ou transferência), além de controlar a idade para as vacinas obrigatórias em seu rebanho como, por exemplo, a vacina da brucelose nas fêmeas quando elas tem a idade de 3 a 8 meses.
Além dos aspectos da importância da declaração anual de rebanhos, visualizamos a possibilidade da retirada da vacina contra febre aftosa, o que tornaria o nosso Estado “Livre de aftosa sem vacinação” e com o status que elevaria o RS a um novo patamar de comercialização de produtos de origem animal para o mundo todo. Não pensemos que a febre aftosa (e sua vacinação) afeta tão somente o comércio de carne bovina, afeta também a exportação da carne de frango e suína, pois os mercados mais exigentes baseiam sua legislação sanitária em um pool de doenças que engloba também a aftosa.
Há a expectativa de auditorias feitas pelo Ministério da Agricultura durante o mês de abril, inclusive em nossa região, para uma avaliação do serviço veterinário oficial (Inspetorias e Postos Veterinários) que definirá se o RS está preparado para a retirada da vacina contra febre aftosa.
O fato de tornar o RS livre de vacinação contra febre aftosa trará uma maior rentabilidade a todo agronegócio gaúcho mas, do mesmo modo, trará uma série de novas responsabilidades para toda a cadeia produtiva: controle mais rígido de trânsito animal, contagem de animais em propriedades, controle de trânsito nas fronteiras, maior atenção por parte dos produtores para os sintomas de febre aftosa e tantas outras ações deverão ser tomadas para diminuir o risco de introdução desta enfermidade.
Dias trabalhosos virão e nós devemos estar preparados.
Declaração Anual de Rebanhos: 2 de janeiro a 30 de abril de 2019.
Vacinação contra a febre aftosa (todo o rebanho): 2 a 31 de maio de 2019.
ATENDIMENTO
A Inspetoria Veterinária fica localizada na Rua General Câmara, 1.169 – Sala 4, no Centro. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones(53) 3252-1129 e 3252-1139.