Primeiro médico quilombola formado na UFPel, Daniel Miranda realiza atendimentos em Canguçu
Durante dois dias desta semana, o primeiro médico quilombola a se formar na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Daniel Miranda, realizou atendimentos no Pronto Socorro de Canguçu. O médico quilombola Daniel Miranda é oriundo da comunidade Quilombola do Serrote, localizada no interior de Pernambuco. Sua comunidade de origem conta com aproximadamente 1.200 habitantes. O jovem é […]
Durante dois dias desta semana, o primeiro médico quilombola a se formar na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Daniel Miranda, realizou atendimentos no Pronto Socorro de Canguçu. O médico quilombola Daniel Miranda é oriundo da comunidade Quilombola do Serrote, localizada no interior de Pernambuco.
Sua comunidade de origem conta com aproximadamente 1.200 habitantes. O jovem é neto de agricultores e filho de professores, os quais sempre acreditaram no estudo como ferramenta de transformação.
História
Daniel ingressou na UFPel em 2015, pelo Processo Seletivo Específico para Indígenas e Quilombolas, sendo o primeiro Processo Seletivo Específico da universidade, que foi construído com a participação das lideranças das comunidades Quilombolas de Canguçu. Daniel conta que sente muito orgulho atuando na profissão e ressalta a importância das políticas afirmativas, que têm feito a diferença na vida do povo negro e quilombola.
“Tenho orgulho em dizer que sou o primeiro quilombola formado em medicina pela UFPel. Espero poder contribuir com a população e com o meu povo que tanto lutou para que eu pudesse chegar até aqui. Que muitos outros quilombolas também possam ter a oportunidade de ingressar em uma universidade e sejam ferramenta de transformação em suas comunidades. Gratidão a todas as lideranças dos quilombos de Canguçu e região que batalharam por essas vagas” define.
Outras áreas de atuação
Além disso, já atua em Canguçu a primeira advogada negra e quilombola formada pela Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Madaliza dos Santos Nascente. Ela pertence à Comunidade Maçambique, no 3° distrito de Canguçu.
Ela ingressou na universidade pelo mesmo processo. Segundo a Coordenadora de Etnias, Maica Ferreira, esta “é uma luta árdua, mas que cada vez nos motiva e nos incentiva a continuar lutando quando a gente vê estes resultados.”