Canguçu, sábado, 23 de novembro de 2024
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Francisco Coelho: Semana Farroupilha de olho na saúde dos animais

É chegado o mês de setembro e, com ele, emana em todos nós gaúchos, de nascença ou de coração, o sentimento altaneiro de amor à nossa terra, suas tradições e um enorme sentimento de patriotismo. Afinal de contas, no dia 20 de setembro, comemoramos a Independência da República Rio-Grandense. Boa parte da história de nosso Estado foi escrita sobre o […]


É chegado o mês de setembro e, com ele, emana em todos nós gaúchos, de nascença ou de coração, o sentimento altaneiro de amor à nossa terra, suas tradições e um enorme sentimento de patriotismo. Afinal de contas, no dia 20 de setembro, comemoramos a Independência da República Rio-Grandense.

Boa parte da história de nosso Estado foi escrita sobre o lombo de um cavalo, seja nas grandes batalhas, seja nas grandes distâncias ou somente na simbiose que ocorre entre um gaúcho e seu fiel companheiro de cavalgadas.

Na primeira Guerra Mundial (1914-1918) o cavalo teve sua grande importância nas batalhas e, desde lá, uma zoonose (doença que ataca os cavalos e os seres humanos) foi utilizada como arma biológica. O mormo ou lamparão é causado por uma bactéria e pode levar equinos e seres humanos à morte.

No ano de 2015, o primeiro caso foi confirmado no RS, o que ocasionou uma comoção popular, pois afetou diretamente os festejos farroupilhas daquele ano, sendo que em muitos municípios o desfile de cavalarianos fora cancelado.

Em Canguçu, desde 2015 uma iniciativa fora tomada para que tudo ocorresse como em outros anos: a busca da chama crioula pelo piquete “O Vanguardeiro”, o desfile de cavalarianos e até mesmo o rodeio da Semana Farroupilha. Em uma ação conjunta entre Prefeitura Municipal, Entidades Tradicionalistas e Inspetoria Veterinária, a despeito de muitas opiniões em contrário, todos os Festejos Farroupilhas ocorreram de forma controlada e exitosa.

Naquele ano, Canguçu foi exemplo para tantos outros municípios e mostrou que poderíamos, sim, fazer tudo dentro das normas para evitar a proliferação da doença e dirimir qualquer risco à população que lotava as calçadas de nossa cidade para assistir ao desfile.

Em 2015, foram 213 cavalarianos. Em 2016, foram mais de 300 e, em 2017, o número beirou os 500 participantes. Isso mostrou novamente que com a força e a organização de nossa comunidade podemos honrar nossas tradições com toda a segurança para a população e nossos eternos companheiros de lutas e cavalgadas.

Que tenhamos mais um 20 de setembro abençoado e, mais uma vez, que “Sirvam nossas façanhas de modelo à toda a terra!”