Histórias de Canguçu: Lenda da noiva do Clube Harmonia
O Clube Harmonia carrega mais que simplesmente uma arquitetura rica em detalhes, carrega consigo uma das mais intrigantes e belas lendas de Canguçu. O prédio que hoje abriga o clube, em sua origem foi residência da Família Cunha. A lenda se desenrola com a filha mais nova desta família, Mariana, a jovem que esbanjava a […]
O Clube Harmonia carrega mais que simplesmente uma arquitetura rica em detalhes, carrega consigo uma das mais intrigantes e belas lendas de Canguçu.
O prédio que hoje abriga o clube, em sua origem foi residência da Família Cunha. A lenda se desenrola com a filha mais nova desta família, Mariana, a jovem que esbanjava a alegria da juventude era conhecida pelo seu sorriso cativante, sua simpatia e cordialidade com todos os que frequentavam os bailes da residência dos Cunha.
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Em um desses bailes, Mariana se enamora por um jovem, que apesar de ter posses não chegava a altura do que a sua família planejava para o seu futuro. Apaixonada, a família não vê outra forma de afastar Mariana dos braços de seu amado a não ser casando-a com um jovem de família rica o mais breve possível.
Mariana
Mais que um simples romance, a família da jovem tinha interesses econômicos que deveriam ser honrados através deste casamento. Mariana não aceita esse destino triste e cruel. Apesar de seu noivo ser gentil, a menina não consegue tirar de seus pensamentos os poucos momentos que viveu ao lado de seu amado.
A repugnância por seu noivo cresce a cada dia. Os dias passam rápidos para Mariana, o dia do casamento chega e a jovem, já vestida de noiva, momentos antes de encontrar seu destino no altar, em um ato de total desespero, resolve dar um fim a sua própria história e joga-se no poço de sua residência.
A vida de Mariana termina como um ponto final de uma frase. Mas sua história continua, até hoje Mariana é lembrada por aqueles que frequentam os bailes do Clube Harmonia.
Há aqueles que juram que ainda veem Mariana por lá, subindo as escadarias, ou então, dançando pelo salão, assim, vestida de noiva, mas o que mais chama atenção dos que a vem, é o sorriso que encanta, é o sorriso da moça de branco do Clube Harmonia.
História do Clube Harmonia
O Clube Harmonia fundado em 14 de novembro de 1896, por vinte e oito sócios fundadores, recebeu o nome de Harmonia para “harmonizar” a família canguçuense dividida entre republicanos e maragatos devido a Revolução Federalista de 1893.
O Prédio é um Palacete construído em estilo Renascença, que por muito tempo foi residência da família Cunha. Tornando-se sede do Clube em 1936 e atuando até hoje no local. Hoje, o Clube vem sendo utilizado para uma variedade de eventos, como casamentos, aniversários e baladas.
Fonte: Roberta Pereira / “Mulher de Branco” e “Amor na Imensidão” / Prefeitura