RS emite alerta sobre surtos de síndrome mão-pé-boca em crianças
Foram notificados 20 surtos da doença em 2023. Somados, os surtos deste ano representam 210 casos em 15 municípios. Saiba os sintomas e como proteger as crianças:
O governo do Rio Grande do Sul divulgou na quinta-feira (23) um alerta sobre o aumento de casos da doença mão-pé-boca no estado. De acordo com a nota emitida pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), já foram notificados 20 surtos da doença em 2023. Nenhum caso preocupante foi identificado em Canguçu, até o momento.
Os surtos são caracterizados quando há mais de três casos em um mesmo local. Somados, os surtos deste ano representam 210 casos em 15 municípios.
A doença é transmitida por um vírus, conhecido como enterovírus, e atinge principalmente crianças menores de 5 anos. Por isso que mais de 99% das nossas notificações são de creches e escolinhas de ensino fundamental.
De acordo com o governo do RS, todos os surtos deste ano foram identificados em creches.
Os sintomas mais comuns são:
– febre;
– aparecimento de manchinhas vermelhas na boca e região da garganta;
– dificuldade para engolir;
– bolhas nas mãos e pés;
– perda do apetite;
– vômito;
– diarreia.
A transmissão da doença é fecal-oral, ou seja, ocorre pelo contato com pessoas, fezes, saliva, secreções, objetos ou alimentos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a criança pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Dessa forma, a higiene das mãos deve se manter intensificada mesmo após melhora dos sintomas. Também por isso, profissionais de creches precisam reforçar a atenção nas rotinas de troca de fraldas.
Caso a criança tenha contraído a doença, a recomendação é aumentar o consumo de líquidos, repouso e alimentação leve.
Apesar do incômodo, os médicos dizem que a doença não oferece risco de vida.