Luzes azuis e caminhadas marcam o Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril, o Centro Administrativo Fernando Ferrari e o Palácio Piratini serão iluminados com a cor azul. O objetivo é chamar a atenção para a campanha nacional que, neste ano, apresenta o tema “Mais informação, menos preconceito”. A data foi definida pela Organização das […]
Para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril, o Centro Administrativo Fernando Ferrari e o Palácio Piratini serão iluminados com a cor azul. O objetivo é chamar a atenção para a campanha nacional que, neste ano, apresenta o tema “Mais informação, menos preconceito”.
A data foi definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, para difundir informações e valorizar a importância do diagnóstico, além de conscientizar e mobilizar ações e atividades referentes ao transtorno do espectro autista (TEA), reduzindo o preconceito e a discriminação.
No Rio Grande do Sul, serão realizadas caminhadas e eventos para celebrar a data e levar conscientização e aceitação a respeito do autismo na sociedade. Em Porto Alegre, representantes do Programa TEAcolhe, do governo do Estado e Telessaúde, participarão da tradicional caminhada no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, neste domingo (2/4), das 9h às 13h. A atividade é realizada pela prefeitura de Porto Alegre, em parceria com o Instituto Autismo & Vida, a Associação de Familiares e Amigos das Pessoas com Autismo de Porto Alegre, o Movimento Orgulho Autista Brasil e o Centro Regional de Referência em TEA/ TEAcolhe da Apae Porto Alegre.
Lançado pelo governo do Estado em abril de 2021, o programa TEAcolhe tem o objetivo de organizar e fortalecer as redes municipais de saúde, de educação e de assistência social no atendimento às pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA) e suas famílias no Rio Grande do Sul. O programa envolve famílias, escolas, unidades de saúde da Atenção Primária, centros de atendimento e comunidade em geral, atuando de forma integrada.
“Temos muito a avançar no programa, com um desafio importante que é a concretude da intersetorialidade, da integração das ações nas três áreas prioritárias, no cotidiano. É necessário grande envolvimento dos gestores municipais na efetividade da proposta”, destaca a coordenadora do programa e chefe da divisão de Políticas Transversais da Secretaria da Saúde (SES), Fernanda Mielki. “A participação das famílias e da sociedade civil organizada na construção e fortalecimento do programa é fundamental e necessária.”
Estrutura
O TEAcolhe é um dos programas prioritários do governo do Estado e já dispõe de 28 centros regionais em funcionamento. Para completar os 30 centros previstos, será lançado, ainda no primeiro semestre, um edital para as regiões de saúde que estão em aberto: região de saúde 18 (Araucárias), que faz parte da região Norte; e região 27 (Vales-Jacuí), que integra a região central.
Quanto aos Centros Macrorregionais, dos sete previstos, seis já se encontram em atividades de organização e matriciamento do atendimento em cada uma das macrorregiões do Estado. Também via edital, em breve entrará em funcionamento o Centro da Macrorregião Metropolitana.
Até dezembro de 2022, o TEAcolhe realizou 2.754 atendimentos e 536 atividades de educação permanente, tendo 18.162 pessoas capacitadas no Rio Grande do Sul.
Investimentos
Para a efetivação do programa, o governo do Estado destina R$ 200 mil para a estruturação dos centros macrorregionais (compra de equipamentos ou veículos). Além disso, mensalmente repassa R$ 50 mil para custeio das unidades. Cada centro regional recebe R$ 30 mil por mês.
Sobre o TEA
O transtorno do espectro do autismo (TEA), classificado como um dos transtornos do neurodesenvolvimento, caracteriza-se pelas dificuldades de comunicação, interação social e comportamentos restritos ou repetitivos. É classificado em grau leve, moderado e severo.
Há dois critérios para o diagnóstico do TEA: déficit na reciprocidade socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e presença de comportamentos restritos ou repetitivos.
Pessoas com TEA podem apresentar desde pequenas dificuldades de socialização, deficiência intelectual até dependência de cuidados ao longo da vida.
A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, feita pela Faders Acessibilidade e Inclusão no Rio Grande do Sul, foi lançada em 2021. Até 30 de março deste ano, foram emitidas 10.738 carteiras. Esse dado indica uma estimativa da população com TEA no Estado.
Fonte: Secom RS