Retirada de dinheiro da poupança bate recorde
Superando os R$ 50 bilhões no 1º trimestre, foi a maior retirada líquida para o período desde 1995. Leia mais:
O Banco Central informou na quinta-feira (6) que as retiradas nas cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 51,23 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Durante o período, os depósitos somaram R$ 908,37 bilhões, e as retiradas R$ 959,6 bilhões.
Essa a maior retirada líquida para este período desde o início da série histórica, em 1995. Até então, a maior evasão de recursos nos três primeiros meses de um ano havia sido registrada em 2022 (-R$ 40,37 bilhões).
Somente em março, a saída de recursos (acima dos depósitos) somou R$ 6,08 bilhões. Em janeiro deste ano, o montante ficou em R$ 33,63 bilhões e em fevereiro R$ 11,52 bilhões. Em março de 2022, foram a saída de recursos (acima de depósitos) totalizou R$ 15,35 bilhões.
Com a saída de recursos da poupança no mês passado, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou queda. Em fevereiro, estava em R$ 968 bilhões, recuando para R$ 967,4 bilhões no fim de março.
A retirada de recursos da caderneta de poupança acontece em um cenário de juros elevados e de inflação ainda pressionada.
Em 13,75% ao ano, a taxa básica da economia está no maior nível em mais de seis anos, com reflexos nas taxas cobradas pelos bancos — que somaram, em fevereiro, a maior taxa média em cinco anos.
Já a inflação oficial avançou 0,84% em fevereiro. Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 5,60% na janela de 12 meses.
Fonte: G1