Canguçu, domingo, 24 de novembro de 2024
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Dia das Mães estimulou a reflexão sobre as lutas e desafios das mães de PCDs

Defensor Público pede aprovação de Projetos de Lei, em tramitação na Câmara Federal, que asseguram direitos previdenciários às mães de pessoas com deficiência


Ser mãe de uma criança com deficiência é sinônimo de uma vida de lutas e desafios, que envolve amor, paciência, dedicação e a superação de muitos obstáculos. E o Dia das Mães, comemorado neste domingo (14), serviu também para lembrarmos das batalhas que essas heroínas, guerreiras, enfrentam diariamente – adjetivos e qualidades que mostram a força dessas mulheres, mas que não podem omitir as reais dificuldades que elas verdadeiramente enfrentam para criar cidadãos com necessidades especiais.

É uma rotina intensa de cuidados com os filhos, na área de saúde, educação, de acessibilidade e de inserção social. Muitas precisam lidar com a falta de estrutura em escolas, hospitais, creches, e ainda sofrem com o preconceito da sociedade em relação a seus filhos ‘diferentes’, em diversas situações do dia a dia. E se já não bastassem todas essas barreiras, a maioria das mães ainda precisa abrir mão da vida profissional e de projetos pessoais para cuidar dos filhos com deficiência, o que pode implicar em dificuldades financeiras e emocionais, para toda a família. Muitas, inclusive, lutam sozinhas contra a falta de acolhimento e de políticas públicas.

O Defensor Público Federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão, aproveitou o Dia das Mães para pedir a aprovação de dois Projetos de Lei: 192/21 e 3022/20, ambos em tramitação na Câmara Federal, que asseguram direitos previdenciários às mães de PcDs. “A aprovação desses projetos é fundamental para garantir mais segurança às mães que dedicam suas vidas a cuidar de seus filhos com deficiência. Afinal, elas muitas vezes precisam abandonar suas carreiras e dedicam toda atenção e cuidado aos filhos. É justo que tenham direito a benefícios previdenciários que garantam sua sobrevivência e qualidade de vida”, defende Naves.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE em 2021, revelou que há no Brasil 17,3 milhões de pessoas acima de dois anos de idade com algum tipo de deficiência, o que corresponde a 8,4% da população. Segundo a pesquisa, dois em cada três brasileiros adultos PcDs – ou 67% deles – não frequentaram a escola ou têm o ensino fundamental incompleto. Isso acontece, na maioria dos casos, porque as mães de crianças com algum tipo de deficiência ainda sofrem inúmeras barreiras à inclusão educacional de seus filhos, justificadas pela falta de estrutura escolar, pessoal treinado ou pedagogia adequada.

Via Assessoria de Comunicação – Ex-Libris Comunicação Integrada