Instalação de bloqueadores de celulares em presídios do RS fica para 2024
Atualmente, somente o Complexo de Canoas possui o dispositivo
A instalação de bloqueadores de sinal telefônico em presídios gaúchos está momentaneamente suspensa pela Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS). A decisão foi tomada em março, quando um teste definitivo reprovou a tecnologia que deveria barrar o uso de telefone celular. A contratação junto a um novo fornecedor, com testes e instalação deve avançar ao longo do segundo semestre e ser efetivada apenas em 2024.
Atualmente, somente o Complexo de Canoas possui bloqueadores de celular. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) já trabalha em uma nova licitação. Para isso vem elaborando um Termo de Referência, com previsão de bloqueio de telefones em 23 unidades prisionais, abrangendo cerca de 12 mil presos do regime fechado, o que corresponde 56,37% da população carcerária.
A ferramenta estava em implementação na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Os testes que reprovaram o sistema inicial eram feitos com o bloqueador acionado.
A tecnologia que impede a aproximação de drones deve mostrar resultados em breve. Apenas em 2023 foram registrados 95 sobrevoos de drones suspeitos ou com entregas interceptadas pela polícia penal na região dos pavilhões de celas. O sistema anti-drones impedirá a entrada de materiais ilícitos, como drogas e armas, e deve ter impacto significativo na diminuição da criminalidade dentro e nos arredores dos presídios. Enquanto as tecnologias não são implementadas, revistas de visitantes, das celas, e monitoramento humano dos drones no entorno são as soluções implementadas há anos e que seguirão sendo as únicas.