Canguçu, domingo, 24 de novembro de 2024
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Subcomissão em defesa do setor do tabaco reúne lideranças

Evento em Santa Cruz do Sul reuniu mais de 300 pessoas em sua primeira audiência pública


A primeira reunião de trabalho da subcomissão da Assembleia Legislativa em defesa do setor produtivo do tabaco e acompanhamento da COP-10 reuniu mais de 300 pessoas em sua primeira audiência pública, na última sexta-feira (16), na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul. No ano em que ocorre a 10ª Conferência das Partes da Convenção-quadro para o Controle do Tabaco (COP10), a cadeia produtiva se mobiliza em busca de representação no evento, que discute o futuro do segmento.

Liderada pelo deputado Marcus Vinícius de Almeida (PP), a subcomissão apresentará um relatório à bancada gaúcha da Câmara Federal e a diversos ministérios. “Vamos detalhar os números da cadeia produtiva, a relevância da proteção aos agricultores e empresas geradoras de diversos empregos. O propósito é reunir, condensar, tudo o que foi levantado nas audiências públicas que realizaremos em diversas microrregiões do Estado”, disse Marcus Vinícius, que projeta mais nove encontros do grupo de trabalho.

Em sua fala durante o encontro, o parlamentar reforçou: “Queremos dar voz a aqueles que muitas vezes são julgados, sem direito à defesa. Não podemos deixar que pessoas que ignoram a realidade do produtor ditem o futuro de nossos municípios. A prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany (PP), explanou a relevância do setor ao município e completou: “precisamos fazer a reflexão: o que será do nosso município sem o tabaco? Esse trabalho é muito importante e o relatório será valioso, porque se o governo federal não vem ouvir, nós vamos levar até eles as preocupações sobre o assunto”, afirmou Helena.

O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, demonstrou preocupação dos produtores com relação ao crescente embate do governo federal contra o setor fumageiro. “Ao compararmos com outras culturas, como soja e milho, que são tradicionais na diversificação da propriedade, o faturamento médio de um hectare de tabaco equivale a 6,52 hectares de soja e 6,85 hectares de milho. O produtor não precisa plantar comida, ele precisa plantar tabaco para ter comida na mesa”, comentou.

 

Fonte: Agência de Notícias – ALRS