Canguçu, domingo, 22 de setembro de 2024
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Denúncia de agressão contra menor na Casa do Adolescente em Canguçu

Coordenadora e cuidadora da instituição são as acusadas; fato teria acontecido no dia 19 de outubro


Duas funcionárias da Casa do Adolescente de Canguçu estão sendo acusadas de agressão contra uma menina de 14 anos, abrigada da instituição. A informação, primeiramente divulgada pelo Diário Popular, foi confirmada pelo conselheiro tutelar, Augusto Pinz.

O caso teria acontecido no dia 19 de outubro e o registro do Boletim de Ocorrência (B.O) no último dia 26. A jovem agredida relatou as agressões para a assistente social e a psicóloga da casa. Segundo o B.O registrado, a jovem foi atingida por um soco na cabeça desferido por uma cuidadora da casa. Logo na sequência, a coordenadora da instituição entrou na mesma sala e apertou o pescoço da menor. O motivo do ataque teria sido a atitude da menina em realizar alimentação fora da casa.

Segundo Augusto Pinz, todos os envolvidos no caso deram depoimento nesta quinta-feira (9), na delegacia de Canguçu. O conselheiro ainda afirma que todas as medidas necessárias foram tomadas.

“Nós, enquanto Conselho Tutelar, orientamos o registro do B.O e conduzimos para a realização de exames de corpo de delito em Pelotas. Além disso, comunicamos o ocorrido ao Ministério Público e ao Judiciário, bem como solicitamos o afastamento das funcionárias envolvidas”, destacou.

Mesmo com a solicitação realizada pelo Conselho Tutelar, as servidoras descumpriram a ordem e estariam trabalhando na Casa do Adolescente até quarta-feira (8). Ainda de acordo com Pinz, as funcionárias foram afastadas de fato somente nesta quinta-feira (9), após a matéria publicada pelo Diário Popular.

Sobre o não cumprimento do afastamento das servidoras, o conselheiro considera inaceitável.

“É inaceitável. Após uma suspeita de agressão contra uma adolescente, em um local onde deveria ser seguro, não ocorrer o afastamento dos suspeitos de forma imediata. Sem falar que outras crianças estão no mesmo lugar e também correm risco, teoricamente. Queremos apuração dos fatos e a segurança das crianças e dos adolescentes que vivem na casa”, finalizou Pinz.