Canguçu, sábado, 23 de novembro de 2024
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Dengue em Canguçu: saiba como evitar a proliferação da doença

Município ainda não teve nenhum caso confirmado


No período de um ano, os casos de dengue tiveram um elevado número de crescimento no Brasil. O Rio Grande do Sul foi o Estado com maior porcentagem de aumento: 2.825%. Segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, no começo de 2023 foram registrados 83 casos no RS. Já neste ano, o número cresceu para 2.428.

Em Canguçu, nenhum caso foi confirmado em 2024. Apesar disso, quatro casos suspeitos necessitaram de teste. Na ocasião, todos os resultados deram negativo.

Segundo o Secretário de Saúde, Eliezer Timm, dois bairros do município já tiveram a larva de aedes: Vila Nova e Centro. De acordo com Timm, sempre que se encontra um ponto de foco, é realizada uma varredura em um raio debilitado do local. Nos dois casos dos bairros supracitados, não foram encontrados outros focos do mosquito.

Como evitar a proliferação?

A reportagem do Canguçu Online conversou com o Secretário de Saúde do município para saber como a população pode evitar que a doença se espalhe.

“Como a gente não tem a vacina aqui no Rio Grande do Sul ainda, segue valendo para nós, como maior aliado, um processo de controle do mosquito através da sua procriação. Então, manter os espaços de forma adequada e não ter o acúmulo de água nos pátios, nesses ambientes mais propícios ainda é a nossa grande arma”, destacou Timm.

Ainda segundo o Secretário, alguns estudos mostram que o mosquito pode ficar cerca de 350 dias em ambientes secos, fato que exige um grande cuidado por parte da população.

“O que nós temos falado bastante para o pessoal é que algumas situações são novas no cenário. Estudos apontam que o mosquito da dengue pode permanecer até 350 dias em um ambiente seco. Então, o mosquito colocou o ovinho dele lá numa caixa d’água, numa flor, num vaso de uma flor ou até mesmo em um pneu e ele tem água. Depois a pessoa passa pelo local e vê que a água secou. Ainda assim é fundamental cobrir o local, porque se voltar a chover e encher da água ali de novo, ele mesmo ficando trezentos e cinquenta dias no seco, vai eclodir e virar mosquito. Esses estudos nos mostram necessidade de realmente fazer um pente fino e acomodar esses recipientes de forma adequada ou fazer a cobertura deles”, afirmou.

“A gente está no verão, então quando chove e um prato lá no pátio enche da água, por exemplo, o mosquito pode colocar o ovo dele ali. Mas, por estar muito quente, a água evapora muito rápido. E vai chover de novo, ou seja, o processo vai seguir sendo feito. Então como estamos em um verão muito forte, tanto de chuva quanto de calor, esse processo exige um grande cuidado”, finalizou o Secretário.