Canguçu, domingo, 20 de abril de 2025
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Projeto de lei aprovado em Canguçu gera críticas e polêmica

Para alguns canguçuenses, alteração no processo seletivo para contratação no serviço público excluiria a participação de jovens recém-formados sem experiência comprovada. Secretária afirma que não será exigida experiência comprovada para o cargo de professor


Na quinta-feira (13), em sessão da Câmara Municipal de Canguçu, os vereadores aprovaram um projeto de lei que altera o processo seletivo para contratação no serviço público, permitindo apenas a avaliação por prova de títulos. A medida, que na alegação dos críticos excluiria a participação de jovens recém-formados sem experiência comprovada, gerou críticas e questionamentos sobre a equidade no acesso ao mercado de trabalho.

O projeto, proposto pelo prefeito Arion Braga, recebeu o apoio dos vereadores Jardel Oliveira, Dudu, Ritiele, Maica, Marcinho, Darci Ropke e Adilson. A decisão tem sido alvo de polêmica, com diversos cidadãos expressando preocupação sobre a falta de oportunidades para quem está iniciando a carreira.

A nova regra estabelece que apenas candidatos com experiência comprovada possam participar dos processos seletivos. Para jovens formandos, que ainda não tiveram oportunidades profissionais anteriores, essa restrição representaria um obstáculo significativo, na avaliação daqueles que são contra o projeto.

No entendimento dessas pessoas, a aprovação da lei levanta questionamentos sobre a justiça do critério adotado, uma vez que pode reforçar desigualdades no acesso ao emprego público. Parte da população aponta que a falta de experiência não deve ser um critério eliminatório, mas sim um fator a ser considerado junto a outras competências.

O que falam os secretários?

Em entrevista concedida à Rádio Liberdade, os secretários Ana Dias (Educação e Esporte) e Rogério Machado (Administração) esclareceram que o compromisso da administração é com a realização de um concurso público. Segundo eles, há mais de 200 funcionários que se aposentaram nos últimos anos e não houve reposição por meio de concurso, o que reforça a necessidade de uma nova seleção para todos os cargos.

A secretária de Educação, Ana Dias, enfatizou que não será exigida experiência comprovada para o cargo de professor. Além disso, informou que o curso normal habilita para a função de professor, sendo possível a pontuação a partir do 5º semestre.

Já a exigência de experiência será aplicada apenas a determinados cargos, como motorista e trabalhadores da área de limpeza, conforme destacou o secretário de Administração, Rogério Machado.

A medida ainda gera debates e questionamentos, mas os esclarecimentos fornecidos pelos secretários trazem uma nova perspectiva sobre o impacto da lei. O espaço segue aberto para manifestações dos vereadores sobre a decisão.

Repercussão nas redes sociais

As críticas ao projeto ganharam força nesta semana após a circulação de uma montagem que simula um jornal com a manchete: “Canguçu contra os jovens”. Na mesma, aparecem as imagens do prefeito, do vice e dos vereadores que aprovaram o que foi proposto.