Francisco Coelho: Desfiles, cavalgadas e mídias sociais
Mais um setembro que chega e assim nosso sentimento patriótico e tradicionalista aflora com mais fervor. Sempre nestas épocas os tradicionalistas de nosso município e região começam a sua maratona de tratar cavalos, realizar exames, pensar em quais eventos vão participar e como farão para emitir sua documentação e assim ter a tranquilidade que estão […]
Mais um setembro que chega e assim nosso sentimento patriótico e tradicionalista aflora com mais fervor. Sempre nestas épocas os tradicionalistas de nosso município e região começam a sua maratona de tratar cavalos, realizar exames, pensar em quais eventos vão participar e como farão para emitir sua documentação e assim ter a tranquilidade que estão contribuindo para manter a saúde de seus animais, do rebanho equino de nosso estado e acima de tudo a saúde da população envolvida.
Nos dias atuais a vida e a opinião de todos é retratada, compartilhada, publicada via redes sociais. Muitos não têm o mínimo interesse nessa “publicidade”, outros não vivem sem ela. E com esse pool de informações disponíveis, alguns viram especialistas em assuntos que desconhecem ou até mesmo de forma intencional ou não, produzem e propagam as tais “fake news”.
Há poucos dias propagaram-se em alguns grupos áudios e textos que tratavam de doenças disseminadas, bloqueios em eventos, risco de contágio de zoonoses e por aí vai. Para corrigir estas distorções é importante buscar sempre a informação mais correta possível junto aos órgãos que trabalham diretamente com a defesa sanitária animal no nosso município e estado.
No ano de 2019 ocorrem 16 casos de Anemia Infecciosa Equina no estado do RS, esta doença afeta diretamente o desempenho dos equinos e é transmissível apenas entre os animais, não acometendo o ser humano. Já no caso do mormo (que pode afetar o ser humano), não temos novos casos no RS desde julho de 2017. A SEAPDR (Secretaria da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural) está acompanhando junto ao Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) o processo para evolução do status sanitário, para retirada da exigência do exame de mormo. A SEAPDR aguarda definições sobre o inquérito e a amostragem de equinos, para verificar a ausência da doença nos animais do Estado. O passo seguinte será uma solicitação de auditoria do MAPA, para avaliar o cumprimento das condições técnicas exigidas.
Manter o controle sobre a sanidade do rebanho é importante para o Rio Grande do Sul alcançar o objetivo de ser declarado zona livre de mormo pelo MAPA.
No município de Canguçu não tivemos nenhum caso de mormo registrado, já no caso da anemia infecciosa equina, foram registrados 2 casos no ano de 2017, sendo ambos sanados no mesmo ano, desde lá nenhum outro animal foi diagnosticado positivo para essa enfermidade.
Nos últimos anos muitos animais de nosso município têm sido testados para ambas as enfermidades e nenhum resultado positivo foi detectado, tal dado nos dá uma boa segurança na sanidade equina, mas não podemos baixar a guarda e devemos seguir cumprindo o que a legislação nos obriga, testar os equinos para anemia infecciosa equina, mormo e vacinar os mesmos para a influenza equina.
Que tenhamos mais um “vinte” sem sobressaltos, com um belo desfile de cavalarianos e honremos mais uma vez a memória daqueles que lutaram por nossa liberdade sobre o lombo de um não menos valente cavalo.