Após queda, preço da gasolina volta a subir no RS; entenda os motivos
Em meio à pandemia de coronavírus, o preço da gasolina engatou marcha a ré nos postos gaúchos. Em maio, o valor médio do litro ficou abaixo de R$ 3,80, no menor patamar desde 2017, conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A tendência, contudo, começa a se inverter. Com a recente reação do petróleo no mercado internacional, a Petrobras […]
Em meio à pandemia de coronavírus, o preço da gasolina engatou marcha a ré nos postos gaúchos. Em maio, o valor médio do litro ficou abaixo de R$ 3,80, no menor patamar desde 2017, conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A tendência, contudo, começa a se inverter.
Com a recente reação do petróleo no mercado internacional, a Petrobras passou a reajustar o preço da gasolina nas refinarias. A commodity serve como referência para os combustíveis no Brasil. Nesta terça-feira (9), a estatal aumentou em 10% o preço da gasolina. A alta veio depois de quatro avanços registrados em maio nas refinarias.
Os reajustes nas bombas, entretanto, vêm ocorrendo em velocidade inferior. Segundo a ANP, a primeira alta nos postos ocorreu somente na última semana de maio. Na ocasião, a gasolina subiu de R$ 3,786 para R$ 3,796, em média, no Rio Grande do Sul. Na semana passada, houve a segunda elevação consecutiva nos postos, e o combustível passou a custar R$ 3,846.
Sócio-fundador da consultoria MaxiQuim, João Luiz Zuñeda relata que a tendência é de novos avanços para os consumidores gaúchos, já que o preço do petróleo segue em trajetória de elevação no mercado internacional. Entretanto, a demanda ainda fraca por combustíveis no Estado impede disparada nas bombas, pontua o analista:
— A Petrobras está fazendo o reajuste porque o petróleo aumentou. Mas os varejistas estavam segurando os preços, já que não havia grande demanda na crise. Se a gasolina subisse muito neste momento, as pessoas iriam consumir ainda menos.
Presidente do Sulpetro, que representa os postos gaúchos, João Carlos Dal’Aqua confirma que a projeção é de aumento nas próximas semanas. Mas, devido à fraca procura gerada pela crise, os empresários resolveram reduzir margens de lucro, acrescenta o dirigente:
— A tendência é de que os preços sejam retomados paulatinamente.
Fonte: GaúchaZH