Canguçu, sábado, 30 de novembro de 2024
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Cresce o risco de bandeira vermelha na Zona Sul

Cresce a expectativa da região pela nova rodada do Distanciamento Controlado que será anunciada nesta sexta-feira (3), no final da tarde, pelo governo do Estado. Com nove mortes de Covid-19 registradas em apenas cinco dias, avanço no número de internações e um salto de casos confirmados da doença, é alta a chance de a Zona […]


Cresce a expectativa da região pela nova rodada do Distanciamento Controlado que será anunciada nesta sexta-feira (3), no final da tarde, pelo governo do Estado. Com nove mortes de Covid-19 registradas em apenas cinco dias, avanço no número de internações e um salto de casos confirmados da doença, é alta a chance de a Zona Sul migrar para a bandeira vermelha e precisar voltar atrás em flexibilizações.

Entre as alterações, o comércio precisaria fechar as portas novamente. A possibilidade de retorno das restrições foi um dos pontos abordados pela prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), em live na manhã desta quinta. À tarde, integrantes do Executivo, inclusive, reuniram-se com representantes do Movimento Aliança Pelotas para debater sobre as possíveis mudanças nos próximos dias.

Ao mencionar o risco “real e sério” de a região passar para bandeira vermelha, a prefeita admitiu que as decisões não são fáceis, mas garantiu que não hesitará em endurecer as medidas para preservar vidas. “Gostaríamos de não precisar frear de novo a economia, mas não há nada mais importante do que cada vida”, sustentou, ao lamentar os quatro óbitos ocorridos em Pelotas em decorrência do novo coronavírus, desde o dia 20 de junho.

Paula ainda assegurou que as decisões serão tomadas com base em dados técnicos e respaldo de avaliação científica.

A posição do Aliança Pelotas
O coordenador do Movimento Aliança Pelotas, Amadeu Fernandes, adotou cautela ao conversar com o Diário Popular, no final da manhã de ontem. Ele afirmou, entretanto, que o grupo deveria cobrar da prefeita uma ação mais dura no combate a aglomerações e a festas, principalmente, durante os finais de semana.

Sem falar na importância do uso de máscaras, para ajudar a barrar a disseminação do novo coronavírus. “Os casos de contaminação não estão acontecendo dentro do comércio ou das indústrias. Consideramos, portanto, que o Poder Público deve atuar sobre estas outras problemáticas, para garantir o afastamento”, sustentou.

Faça sua parte!
– Ajude a evitar o colapso do sistema de saúde: Quase 38% dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Rio Grande do Sul eram ocupados, na tarde desta quinta-feira, por pacientes com resultado positivo para o coronavírus ou sob suspeita. É a maior taxa já atingida desde o começo da pandemia no Estado, no mês de março.

O governador Eduardo Leite (PSDB) gravou pronunciamento com apelo para a população permanecer em casa, principalmente, pelo período dos próximos 15 dias, cruciais, para conter o agravamento da pandemia e evitar o colapso do sistema de saúde, que poderá não ser suficiente para acolher todos os pacientes se houver uma corrida simultânea aos hospitais.

“Fazemos um chamamento para que o povo gaúcho volte àquele sentimento do começo de abril. Vivemos um momento decisivo e não terá aumento dos serviços de saúde que sejam suficientes se não houver engajamento da população”, destacou o governador.

– Testagem será ampliada a partir deste mês: Até o final de agosto, mais três mil exames RT-PCR – que identificam o coronavírus no período em que está ativo no organismo – passarão a ser feitos por dia, no Estado.

Atualmente, este número chega a cerca de mil exames diários, entre os realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e por três universidades federais: do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Maria (UFSM) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

A ampliação conta com o apoio do programa Todos pela Saúde, que já doou ao Rio Grande do Sul cinco respiradores e milhares de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O fornecimento de insumos para os novos testes resulta de parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na primeira etapa, a contar da segunda quinzena de julho, um dos alvos principais serão todos os trabalhadores e moradores de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), sintomáticos ou assintomáticos, a partir da confirmação do primeiro caso.

Fonte: Diário Popular