Mais de 6,8 mil gaúchos aguardam por próteses, órteses e equipamentos de locomoção
A demora nos atendimentos e na entrega dos equipamentos é causada pela defasagem no valor pago pelo SUS pelos dispositivos. Saiba mais:
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), entidades que atendem pelo Sistema Único e Saúde (SUS) pessoas com deficiência registram filas cada vez maiores na espera por próteses, órteses e materiais especiais (OPMEs) no Rio Grande do Sul. Ao todo, 6.849 pacientes aguardam pelos equipamentos. Entre eles, 1.273 não tiveram acesso nem ao primeiro acolhimento junto às instituições.
O atraso nos atendimentos e, por consequência, na entrega das OPMEs, é causado pela defasagem no valor pago pelo SUS pelos serviços. Os dados mostram ainda que, no caso das cadeiras de rodas, por exemplo, a defasagem chega a 32% em média. Já no caso de próteses e órteses, a diferença entre o valor pago pelo SUS e o custo do equipamento no mercado chega a 75% em média.
Desta forma, as entidades precisaram reduzir atendimentos para não parar totalmente. Os pacientes, por sua vez, ficam sem garantia de acesso às OPMEs.
O levantamento da SES leva em consideração as 16 cidades que compõem a chamada Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, com unidades de reabilitação habilitadas: Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Osório, Cachoeirinha, São Borja, Ijuí, Passo Fundo, Giruá, Tenente Portela, Caxias do Sul, Gramado, Santa Maria, Bagé, Encantado e Santa Cruz do Sul. Os municípios dão cobertura para todo o Estado.