Do orgulho canguçuense à espera de anos, confira as avaliações do evento da Chama Crioula
Do orgulho canguçuense á espera de anos, confira as avaliações do evento da Chama Crioula
Canguçuenses avaliam evento da Chama Crioula
Canguçu
sediou, no fim de semana passado, o tradicional evento de 73ª Geração e Distribuição da Chama Crioula. Sendo a primeira vez em que uma cidade da 21ª Região Tradicionalista recebeu as festividades, a 73ª edição contou com música temática de Canguçu e resgate da história canguçuense.
A previsão era de Canguçu receber cerca de mil cavaleiros, mas o número foi superado com 1.124 cavalos registrados e, conforme apurado com a Brigada Militar, foram 2 mil pessoas presentes no segundo dia, uma estimativa de mais de 4 mil visitantes durante todo o evento. Os turistas chegaram no município durante a semana, sendo responsáveis pela ampliação na procura por produtos e serviços canguçuenses, desde a rede hoteleira, alimentação, entidades do comércio até pequenos estabelecimentos.
O primeiro dia, sexta (12), começou com a apresentação da história de vida do canguçuense Joaquim Teixeira Nunes, o coronel Gavião, líder dos Lanceiros Negros Farrapos. Em espetáculo teatral no Parque Turístico Nossa Senhora da Conceição, o ator principal João Pedro Coelho Ferreira, de 12 anos, representou o grupo.
“Para mim foi muito importante, um sonho realizado. Eu já tinha visto várias pessoas participando, meu professor me incentivou muito, minha família e meus amigos me ajudaram. Eu tô muito feliz por estar participando.”
Em discurso, o vice-prefeito, Cledemir Gonçalves, o professor Fininho, agradeceu a equipe organizadora e prestou homenagem aos atores. “A Geração e Distribuição da Chama Crioula foi realizada pela mão de inúmeras pessoas, meu agradecimento a todas elas. Fica também o agradecimento às empresas e instituições que compraram essa ideia e acreditaram no projeto”, falou.
O orgulho de ser canguçuense se tornou nítido no olhar de cada pessoa que passava pela rua. Horas antes dos cavaleiros passarem pelo centro da cidade, o público já aguardava o desfile da Chama Crioula. Foram crianças, adultos e idosos, de todos os cantos de Canguçu, esperançosos por presenciarem um evento estadual de tamanha proporção no município.
Parte da comissão organizadora do evento, Roberta Oliveira reforçou que o evento teve grande apoio e participação de diversas empresas e pessoas da comunidade. “No espetáculo, mesmo, foram os nossos atores amadores que se dedicaram só pelo amor das tradições. Eles deram a vida, deram o coração deles, realmente encarnaram os personagens e nós fizeram esse lindo espetáculo.” E definiu: “É uma emoção muito grande ter essa chama acesa em Canguçu e ela ir para todos os municípios do RS.”
Ahmad Hassan Filho, um dos representantes de empresas atuantes no evento, também deu seu depoimento. “Foi corrido, sacrificante, dias sem dormir, mas no final foi gratificante ver que todos os eventos transcorreram com normalidade”, disse.
No segundo dia de evento, sábado (13), foi ainda mais movimentado, redobrando o número de cavaleiros, que passava de 514 para 1.124. As comemorações aconteceram, de tarde, durante a mateada, e à noite com o encerramento feito pelo Grupo Sem Fronteiras, de Canguçu, e pela dupla César Oliveira e Rogério Melo. O Grupo Sem Fronteiras, formado por canguçuenses, também compôs a música tema do evento.