Artista de Canguçu, Jay Djin lança livro escrito de próprio punho
Após o lançamento de seu primeiro livro, em fevereiro, denominado “As cartas da gaveta do meio”, a artista de Canguçu Jay Djin contou ao Canguçu Online sobre seu novo trabalho. A obra totalmente autoral foi escrita de próprio punho pela artista, que também atua com música, há cerca de quatro anos. “Todo esse projeto do […]
Após o lançamento de seu primeiro livro, em fevereiro, denominado “As cartas da gaveta do meio”, a artista de Canguçu Jay Djin contou ao Canguçu Online sobre seu novo trabalho. A obra totalmente autoral foi escrita de próprio punho pela artista, que também atua com música, há cerca de quatro anos. “Todo esse projeto do livro começou com os textos que eu fazia e guardava na gaveta do meio da minha mesa de cabeceira, que eram coisas que não cabiam nas minhas músicas”.
Jay, como é conhecida, já possuí um histórico de produções escritas, principalmente com composições de música autorais, mas desta vez, decidiu reunir suas crônicas e poemas em um formato totalmente inovador. A estudante conta que cada uma de suas obras são confeccionadas individualmente, todas escritas uma a uma.
“Antes de começar a fazer música eu já vendia esses fanzines que são livros caseiros feitos de forma independente e os vendia em festivais de rock da região e em Canguçu também, e nas viagens que já fiz”, lembra.
Aos 24 anos, graduanda em Música popular na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a autora relembra que, no começo, comercializava os exemplares em PDF por cerca de R$ 10. “Estava viajando no norte do Brasil, agora voltei e estou fazendo os exemplares físicos todos escritos a mão, justamente pq eu queria dar esse tom intimista pra esse trabalho. Como se fossem realmente textos enviados por uma pessoa querida pra cada leitor”.
Exclusividade
Todos os exemplares são únicos e numerados, atualmente ela tem feito suas produções de forma física. Através dos serviços de postagens, já enviou exemplares para diversas cidades do Rio Grande do Sul, aos estados do Rio de Janeiro, Paraná, e, também, aos países da Argentina e Uruguai.
Ela define o momento de duas formas, primeiro com a felicidade de poder unir em um único projeto a “Jay escritora com a Jay artesã, na parte do processo de encadernar e ilustrar as edições”. Mas lembra que trabalhar com arte no Brasil não é uma tarefa simples. “É preciso lidar com a dúvida sobre o próprio trabalho e com a descrença das pessoas em relação ao que você faz”.
“Mas tenho recebido muitas mensagens de diversas mulheres, me apoiando e incentivando. Muitas gurias tem vontades quanto as artes, mas não tem referências de alguém que vá e faça. Nunca pensei em ser alguém que motivasse os sonhos alheios, isso é indescritível pra mim”, comemora.