Canguçu, sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Uma supermãe chamada Darleni Zarnot

Naturalmente, a maternidade já é um desafio. Gerar uma nova vida e acolher uma criança não é tarefa fácil. As responsabilidades são diárias. A taxista Darleni Schroeder Zarnot vivenciou a experiência duas vezes, mas foi na segunda gestação que os desafios se intensificaram. Foi mãe de Diogo, diagnosticado quando tinha 1 ano e 4 meses […]


Naturalmente, a maternidade já é um

desafio. Gerar uma nova vida e acolher uma criança não é tarefa fácil. As responsabilidades são diárias. A taxista Darleni Schroeder Zarnot vivenciou a experiência duas vezes, mas foi na segunda gestação que os desafios se intensificaram. Foi mãe de Diogo, diagnosticado quando tinha 1 ano e 4 meses com Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Darleni é mãe de dois meninos, Erick e Diogo (Foto: arquivo pessoal)

Os desafios do diagnóstico

Darleni conta que pelo filho mais novo não possuir firmeza nas perninhas, ela e o marido resolveram procurar um especialista para entender o que estava acontecendo. No dia 3 de abril de 2019, veio o diagnóstico raro.

A notícia não era nada boa, a doença era grave e degenerativa, caracterizada pela degeneração e perda de neurônios motores da medula espinhal e do tronco cerebral, resultando na fraqueza muscular progressiva e atrofia.

Além disso, o tratamento era de difícil acesso, a medicação só havia nos Estados Unidos. A mãe precisou, então, recorrer à Justiça para ter acesso ao remédio que tinha um custo altíssimo.

Diogo e sua mãe (Foto: arquivo pessoal)

Adaptações no cotidiano

A mãe conta que precisou alterar toda sua rotina. Por conta do aumento de necessidades do menino, ele precisou ainda mais da mãe e ela não pôde retornar ao trabalho. “Na época, minha mãe cuidava ele, meu marido viajava e eu era taxista, foi muito difícil se adaptar.”

O diagnóstico serviu de impulso para as primeiras ações da Campanha “AME o Diogo”, que ocorreu há dois anos e possibilitou a viabilidade do tratamento de seu filho. Para ela, não foi fácil lidar com a situação. “Ele era muito faceiro, lindo e já queria dizer as primeiras palavras, parecia que não tinha nada estorvando ele”, recorda.

 

Foto: arquivo pessoal
Foto: arquivo pessoal

 

 

 

 

 

 

 

 

O alto custo da medicação era o que mais assustava. “Nem que eu vendesse a minha casa teria como comprar uma das doses”. Mas a comunidade canguçuense apoiou a causa e as quatro primeiras doses foram adquiridas somente com doações. “O povo de Canguçu e arredores não teve limites para nos ajudar, temos uma gratidão imensa por esse apoio”, diz.

Após as quatro primeiras doses, a Justiça liberou o acesso da família ao medicamento e os desafios foram se modificando. Ela conta um deles: “Como ele tá grandão, somente eu e meu marido conseguimos levá-lo no banheiro”.

Atualmente ele faz todo um acompanhamento e, com a ajuda da mãe, vem progredindo muito. Faz fisioterapia todos os dias da semana, faz natação, conversa bastante, é inteligente e ainda precisa muito do apoio da família. “Foram muitos dias tristes de angústia, mas por um filho não tem ruim nunca. A gente (pai e mãe) faz o impossível por eles.”

Família ganhou apoiadores de diferentes cidades
do Estado e também de fora do Rio Grande do Sul (Foto: arquivo pessoal)

Ela ainda lembra que precisam repor o valor de R$ 98 mil que foi emprestado por um doador anônimo. As doações ainda podem ser realizadas em todas as contas e demais formas de doações, como através da caixinha de doações no Super Mercado Krolow, em Pelotas, e na Lotérica da Av. 20 de Setembro, em Canguçu.

Lembrança da aplicação da segunda dose (Foto: arquivo pessoal)

Darleni agradeceu imensamente, em nome de toda sua família, o apoio e ajuda da comunidade canguçuense que foi de grande valia no tratamento de seu filho.


Maternidade 

Uma das principais características notada durante a entrevista foi a paixão que Darleni tem pela maternidade. Para ela, todos os desafios são recompensadores. “Ser mãe é uma realização, sou muito feliz em ter meus dois filhos. Minha razão de viver, respirar e o que eu mais tenho de importante na vida.”

Família Zarnot (Foto: arquivo pessoal)

Ela ainda deixou uma mensagem pela passagem do Dia das Mães. “Mães guerreiras, amorosas, com coragem, nunca desistam de seus filhos. Um superbeijo a todas as mães”.


A equipe de reportagem do Canguçu Online deseja um Feliz Dia das Mães para todas canguçuenses que atuam brilhantemente neste papel.