Canguçu, sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Jacinto Bergmann: Santo Inácio e a pandemia

Em 1979, num dos momentos de inspiração, um poeta escreveu: “o que será o futuro que hoje se vai, a natureza as crianças e os animais…; quem briga com a natureza envenena a própria mesa…; quem sabe um museu no futuro vai guardar em lugar seguro, um pouco de ar puro relíquia, do ano passado…”. […]


Em 1979, num dos momentos de inspiração, um poeta escreveu: “o que será o futuro que hoje se vai, a natureza as crianças e os animais…; quem briga com a natureza envenena a própria mesa…; quem sabe um museu no futuro vai guardar em lugar seguro, um pouco de ar puro relíquia, do ano passado…”. Certamente ele teve a visão do futuro da Terra, este Planeta que habitamos e que há muito tempo temos maltratado, agindo como se houvesse outro nos mesmos moldes para nos mudarmos depois de destruirmos tudo aqui.

Certa ocasião participamos de um dos Encontros Verde das Américas, e tivemos a satisfação de conhecer o Cacique Raoni, o qual palestrou no evento, e uma das alegações dessa personalidade era de que via com tristeza a maneira pela qual estavam tratando a Terra, com destruição de florestas, poluição de rios e desvio de seus cursos.

Felizmente nos dias atuais a maioria dos chefes de estado das grandes potências chegaram à conclusão de que se faz necessário redução na emissão de gazes poluidores da atmosfera.

Mas foi necessário que a natureza se vingasse mostrando efetivas reações e até catastróficas, para que o homem finalmente tomasse um rumo na preocupação com assunto tão fundamental à sobrevivência da raça humana.

Grandes frigoríficos hoje já recusam-se abater bovinos que tenham procedência de regiões que foram palco de destruição de área florestal para criação dessa espécie.

As queimadas ainda acontecem, mas em menor quantidade. O saneamento básico já tem marco regulatório, as baleias já desfilam sua exuberância pelos mares sem serem abatidas, já podemos notar os resultados dos reflorestamentos e a reciclagem é uma realidade, esta que foi vislumbrada pelo químico Lavoisier no século XVII, ocasião que disse: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Por outro lado se somos espíritos Criados para sermos eternos, e muitas reencarnações deveremos estar aqui neste Planeta, temos de conservá-lo, enterrando o mínimo de lixo, pois dado o tempo que levam alguns resíduos sólidos para decompor-se, certamente poderemos no futuro ter uma Terra evoluída moralmente e com tecnologia, mas porém com um solo bastante poluído e contaminado por certos tipos de agrotóxicos.

Que bom que o poeta teve uma visão há 42 anos e nos alertou! Cabe agora continuarmos a perseverar na qualidade do Planeta para o bem da humanidade.