Histórias de Canguçu: Museu Capitão Henrique José Barbosa
O Museu Municipal de Canguçu foi fundado em 15 de dezembro de 1972. O ato oficial de criação é de 1983 quando recebeu da Câmara de Vereadores, a denominação de Capitão Henrique José Barbosa. O museu fica aberto diariamente das 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h. Também é possível agendar visitas pelo telefone […]
O Museu Municipal de Canguçu foi fundado em 15 de dezembro de 1972. O ato oficial de criação é de 1983 quando recebeu da Câmara de Vereadores, a denominação de Capitão Henrique José Barbosa. O museu fica aberto diariamente das 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h. Também é possível agendar visitas pelo telefone (53) 3252-3950.
O Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa nasceu da vontade da Museóloga e Pesquisadora de História de Canguçu, Professora Marlene Barbosa Coelho.
História
Desde cedo Marlene começou a buscar a verdade sobre a história de Canguçu, pela via do patrimônio histórico comunitário. Em cada lugar, em cada família, na qual ela chegava, questionava, analisava, ia no mais fundo do ser e sempre encontrava algo que era importante para montar a história de Canguçu.
Não havia espaço disponível para armazenar as coisas que ela selecionava e enquanto lutava para conquistar um local para expor seus artefatos históricos , guardava tudo em sua própria casa, dentro e fora de seu guarda-roupas, na sala, no quarto, onde sobrava um espaço, ali se encontrava mais uma peça ou um documento para o “Seu Museu” como era chamado pelos colegas.
Graças as suas inúmeras viagens ao interior em busca de resquícios da civilização indígena em tempos remotos em nosso Canguçu é que hoje podemos ver estes artefatos em exposição no Museu Municipal.
O museu conta hoje com um acervo de 1756 objetos, além disso o museu conta com arquivo histórico, possibilitando a pesquisa tanto em jornais, como fotografias, documentos e publicações, que mantém viva a história não só da cidade como a da região.
O objetivo do Museu Capitão Henrique José Barbosa é a preservação do nosso patrimônio histórico como um todo.
O Museu
Fica localizado na Casa de Cultura – Palacete construído em estilo neoclássico, construído pela de Horácio da Cruz Piegas em 1879.
O Museu Histórico tem seu acervo, origem inicial das doações de Marlene Barbosa Coelho. Hoje possui, além de objetos, jornais e documentos que contam a vida de Canguçu, Rio Grande do Sul e Brasil, de origem de diversos doadores e colaboradores.
Quem foi o Capitão Henrique José Barbosa?
Filho de pioneiros de Canguçu, teve de deixar família, campo e criação e empenhar-se na defesa de nossas fronteiras. Participou das lutas externas 1864-70 contra Atanazio Aguirre do Uruguai e Solano Lopes do Paraguai, tendo tombado em campanha vítima de doença em algum Hospital de Sangue do Exército, no Paraguai.
Destaques da Exposição
ORATÓRIO, muito usado nas residências antigas em função da distância das Igrejas. Junto a oratórios como estes eram realizadas cerimônias religiosas, como missas, batizados e casamentos, quando da passagem de Padres pelas fazendas.
O GRAMOFONE espécie de toca-discos antigo, datado do início do século XX. Funcionava a corda e reproduzia o som gravado em discos de vinil.
O RELÓGIO DE PENDULO, artigo de luxo, era encontrado nas salas das casas mais abastadas, sua batida era forte o suficiente para que fosse ouvida em todas as dependências de casas grandes.
Em exposição O BRASÃO da Primeira Bandeira Municipal, recolhida pela Brigada Militar durante o período da Ditadura Militar.
Os BRINQUEDOS, eram simples e pouco variados. Meninas brincavam com bonecas de pano, confeccionadas pelas avós. Famílias mais abastadas ofereciam a suas filhas bonecas de porcelana que vinham do centro do país e mesmo da Europa. Meninos brincavam com carrinhos, bolinhas de gude, gadinho de osso, em sua simplicidade.
Os ÁLBUNS, de grande beleza, guardavam fotografias ofertadas por parentes e amigos. Em exposição nas salas de visitas, eram muito apreciados. As fotografias eram objetos de grande valor, raras e caras, assim sendo, percebe-se nas fotografias antigas, grande esmero nas roupas, jóias e penteados.
A MÁQUINA FOTOGRÁFICA, de confecção caseira, fabricada pelo fotografo Egídio Camargo, servia para fotografar imagens de longa distância como as de vistas da cidade dos anos de 1939 e 1942, também expostas nesta sala.
Fonte: Prefeitura