1,7 mil gaúchos são investigados por despesas de saúde falsas no IR
Despesas fictícias somam mais de R$5,6 milhões de 2018 a 2022, de acordo com a Receita Federal
A Receita Federal, através de Operação Patógeno, identificou no Rio Grande do Sul R$ 5,66 milhões em despesas de saúde fictícias para 18 profissionais liberais. No país todo, são investigados R$ 350 milhões e 472 profissionais pela fraude. O esquema é comum para deduzir o valor na declaração, permitindo pagamento menor ou até restituição de imposto.
A comparação com outros dados fiscais, patrimoniais e financeiros levou a Receita a suspeitar que os pagamentos eram fictícios. A operação levantou que 2.691 declarações de 1.718 contribuintes, no período de 2018 a 2022, são suspeitas de incluírem despesas falsas. A Receita Federal tem o prazo de cinco anos para realizar a auditoria de todas as declarações.
No Rio Grande do Sul, não há casos graves como os identificados no centro e sudeste do país. O que mais chamou a atenção da Receita Federal foi o caso de uma fonoaudióloga que emitiu recibos que somaram R$ 250 mil em um ano, valor incompatível com os dados patrimoniais e financeiros da profissional.
O que acontecerá com os investigados?
Os contribuintes que declararam os valores e os profissionais de saúde serão intimados para comprovar o pagamento e a prestação do serviço. Enquanto isso, ainda podem apresentar declarações ratificadoras dos gastos apontados. Caso não o façam, nem comprovem os pagamentos e a prestação dos serviços, ficarão sujeitos a pagar o imposto com multa e juro, além de outras sanções penais e administrativas.