Canguçu, sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Agroindústria de frango é inaugurada em Canguçu

Na tarde de terça-feira (30), foi inaugurada em Canguçu a agroindústria do setor aviário Abatedouro Macanudo, na Lagoa dos Pereira, 1º Distrito. A família proprietária Brede-Mota abriu as portas da sede do empreendimento à comunidade, para celebrar a conquista da formalização da atividade que é sua principal fonte econômica desde 1995. Como resultado dos anos […]


Na tarde de terça-feira (30), foi inaugurada em Canguçu a agroindústria do setor aviário Abatedouro Macanudo, na Lagoa dos Pereira, 1º Distrito. A família proprietária Brede-Mota abriu as portas da sede do empreendimento à comunidade, para celebrar a conquista da formalização da atividade que é sua principal fonte econômica desde 1995.

Como resultado dos anos de produção de frango colonial na propriedade familiar de 2 hectares e reconhecimento adquirido entre os canguçuenses sobre a qualidade do produto, o Abatedouro Macanudo conta agora com selo do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF) e adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte. Ambas as conquistas foram viabilizadas através da assistência técnica da Emater/RS-Ascar e do apoio da Prefeitura.

Para consagrar essa parceria, estiveram presentes no evento de inauguração o prefeito Marcus Vinícius Müller Pegoraro, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Agrário e coordenador de Agricultura e Pecuária, Paulo Fernando da Cunha Peres e Michel Aldrighi Gonçalves, bem como a equipe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar de Canguçu e o assistente técnico regional da instituição, Edgar Norenberg, a equipe do Banco do Brasil responsável pelos projetos na propriedade e representantes de Organizações Não-Governamentais que trabalham com sustentabilidade e alimentação orgânica na região sul.  Ademais, uma comitiva de Morro Redondo, com Emater/RS-Ascar, Prefeitura e agricultores, compareceu para prestigiar o momento.

A importância de uma nova agroindústria para o desenvolvimento de Canguçu foi o principal ponto de destaque nas falas dos presentes, como a do prefeito Pegoraro durante o ato simbólico de corte da fita na porta do empreendimento.

“As pessoas reclamam que não tem indústria em canguçu, mas na verdade temos um potencial tão grande quanto a manufatura que é a agricultura familiar, a produção de alimento de qualidade. E é justamente a industrialização desse setor que deve ser pensada, para fortalecer o que temos e reduzir a necessidade de atravessador. É possível construir essas alternativas e eu tenho certeza que se nós nos empenharmos mais, nós vamos alcançar ainda mais”, destacou o prefeito, que também parabenizou a família pela coragem e iniciativa.

O extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Canguçu, James Pureza, pontuou também o quanto as conquistas de agro industrialização são fundamentais para a garantia de sucessão rural, permanência no campo e, assim, soberania alimentar. “Nós da esfera pública precisamos melhorar, porque projetos de vida das pessoas estão em nossas mãos. Canguçu é a capital da agricultura familiar e a gente precisa mostrar para o mundo que aqui há capacidade de produzir e se ter desenvolvimento. É preciso valorizar o meio rural, que oferece a qualidade de vida que muitas vezes o meio urbano não oferece”, argumentou Pureza.

Após o ato simbólico de inauguração, a família guiou os convidados pelas dependências do abatedouro, apresentando o maquinário e as soluções de boas práticas aplicadas, como produção de aguapés e proteção de efluentes, e ainda ofereceu um café da tarde com alimentos à base do frango e dos ovos que produzem, como doces de fios de ovos e torta fria.

            “Isso é um sonho para a gente. Foi um começo muito difícil, lá

na década de 1990. Foi uma luta, pagávamos o valor da propriedade com o próprio trabalho que fazíamos dia e noite. Só eu e ela. Carneando 50 frangos por dia e ainda criando porco. Hoje olho para trás e nem sei de onde tirávamos tanta força. Só nós sabemos pelo o que passamos, mas se fez. A propriedade foi paga e superamos muitos obstáculos depois”,

lembrou emocionado o sócio proprietário Carlos Andrei Mota