Amigos criam versão campeira de Aleluia durante a pandemia e lançam clipe na Semana Farroupilha
A pandemia tem feito com que muita gente explore novos talentos, tire projetos da gaveta, reflita sobre as pretensões para a vida pós Coronavírus, estreite laços afetivos que estavam distantes. Foi o que aconteceu com dois amigos de infância, que estavam sem contato há muitos anos, mas que foram reaproximados, mesmo com distanciamento social, por […]
A pandemia tem feito com que muita gente explore novos talentos, tire projetos da gaveta, reflita sobre as pretensões para a vida pós Coronavírus, estreite laços afetivos que estavam distantes. Foi o que aconteceu com dois amigos de infância, que estavam sem contato há muitos anos, mas que foram reaproximados, mesmo com distanciamento social, por uma arte: a música.
Leonidas Dutra Gomes e Giácomo Bertinetti, com 34 e 37 anos, respectivamente, cresceram em Santana da Boa Vista, onde tinham uma amizade bastante próxima, mas que pelas escolhas da vida adulta acabou ficando adormecida. Só que tudo mudou quando o mundo foi sacudido pela maior pandemia desta geração. “Um dia fui surpreendido pela mensagem do Giácomo dizendo que tinha começado a compor e perguntou se eu não me importava de dar uma olhada, já que como músico, intérprete e compositor participo de festivais nativistas e rodeios artísticos, dentre eles o Enart. Foram umas cinco letras que serviram como gatilho para conversarmos por horas e praticamente todos os dias”, destacou Leonidas.
Curiosamente a música que reuniu os dois amigos de infância é algo novo na vida do servidor público Giácomo. “Sempre gostei de música, mas nunca me dediquei. Com a pandemia tirei o pó de um violão antigo e resolvi fazer um curso online de composição. Foi o que bastou para uma reação em cadeia relacionada a essa arte. Faço como hobby e para aliviar a alma, por isso digo que se esse é o objetivo, então minhas canções já fazem sucesso”, afirmou o policial civil.
Aleluia campeiro
Em uma noite trocando algumas mensagens pelo WhatsApp, Giácomo enviou um texto ao amigo: “Tive uma ideia aqui. Vou montar e te mando para análise”. Horas depois estava adaptada Hallelujah, uma das obras-primas de Leonard Cohen, batizada de “Aleluia Campeiro”. “Quando recebi a letra senti algo diferente. É uma música que já sofreu inúmeras adaptações, um presente de Leonard Cohen para o mundo na década de 1980, mas que até hoje se reinventa em muitas formas e interpretações. Fiz algumas adaptações para encaixar na métrica da melodia e em poucos dias o projeto estava pronto”, relembra Leonidas.
Todos os arranjos e a interpretação foram feitos por Leonidas. “O projeto me deixou tão entusiasmado que me desafiei a entender melhor e utilizar pela primeira vez um programa de edição de áudio. Me esforcei em fazer com que tudo ficasse perfeito para a produção do vídeo”, afirmou o músico. Giácomo então relembrou os tempos em que trabalhava como jornalista e editor e utilizou imagens captadas por um amigo para dar vida ao clipe “Aleluia Campeiro”. “O mundo precisa de mensagens de esperança. Usar a base de uma canção tão conhecida e popularizada em inúmeras versões, mas com uma referência nativista, fará com que a mensagem reverbere de uma forma diferente nos quatro cantos do nosso Estado”, finalizou Giácomo.
Agora os amigos não vêem a hora de a pandemia acabar para celebrarem a reaproximação com um churrasco, um grande quebra-costela e a trilha de “Aleluia Campeiro”.
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