ANTT rejeita prorrogação do contrato da Ecosul
Com fim do contrato previsto para 2026, ANTT anuncia que não haverá prorrogação para a Ecosul e planeja audiências públicas para definir próximas etapas de concessão das rodovias BR-116 e BR-392.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou que o contrato de concessão da Ecosul para administrar o Polo Rodoviário de Pelotas não será renovado. Segundo nota emitida pela ANTT, o projeto proposto pela concessionária não foi aprovado para uma repactuação. O contrato vigente, que cobre os trechos das BR-392 e BR-116, encerra-se em março de 2026. Atualmente, o valor do pedágio cobrado nessas rodovias, de R$ 19,60 para veículos leves, é um dos mais altos do país.
A Ecosul, administradora de cinco praças de pedágio no sul do Rio Grande do Sul, havia sugerido uma redução na tarifa para R$ 11,00 e propôs a realização de novas obras, como a duplicação de parte da BR-392 e a reforma da ponte de São Gonçalo. A proposta chegou a ser aprovada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, mas, segundo o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, o Governo Federal decidiu não prorrogar o contrato.
Repercussão
Representantes da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (Fetransul) estiveram em Brasília para discutir o encerramento do contrato. Durante a reunião, Vitale confirmou que estão em andamento estudos para uma nova licitação, com base na quarta fase do programa de concessões do governo. A ANTT planeja realizar audiências públicas para ouvir as demandas dos usuários e alinhar o novo processo licitatório às necessidades de infraestrutura e tarifas.
O presidente da Fetransul, Francisco Cardoso, e seus vice-presidentes expressaram interesse em contribuir na elaboração de um edital que contemple as prioridades do setor de transporte e logística gaúcho, buscando equilibrar os investimentos com valores tarifários mais acessíveis.