Canguçu, segunda-feira, 28 de abril de 2025
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Conclave para eleger novo Papa começará em 7 de maio

Eleição ocorrerá após o período de orações pelo falecimento de Francisco.


O conclave que escolherá o 267º Papa da Igreja Católica terá início em 7, após o encerramento das Missas de Novemdiales, celebradas em intenção do falecido Papa Francisco. A decisão foi tomada pelos cardeais reunidos em Roma, durante a Quinta Congregação Geral, realizada na manhã de segunda-feira, no Salão do Sínodo do Vaticano.

A eleição acontecerá na Capela Sistina, que ficará fechada para visitantes enquanto durar o conclave.

Como será o processo do conclave?

Antes do início oficial, os cardeais participarão de uma missa. À tarde, em procissão solene, eles se dirigem à Capela Sistina para dar início às votações. Cada cardeal eleitor prestará juramento, conforme prevê o parágrafo 53 da Universi Dominici Gregis, comprometendo-se a cumprir fielmente o serviço petrino caso eleito, a manter segredo absoluto sobre o processo e a evitar qualquer forma de influência externa.

Após o juramento, o Mestre das Celebrações Litúrgicas proclama o extra omnes, ordenando a saída de todos que não participam do conclave. Apenas o Mestre e o eclesiástico responsável por uma breve meditação sobre a responsabilidade dos eleitores permanecem, retirando-se em seguida. Depois, os cardeais fazem as orações previstas e ouvem o Cardeal Decano, que confirma se todos estão prontos para iniciar a votação ou se desejam algum esclarecimento.Todo o processo ocorre exclusivamente na Capela Sistina, isolada até a conclusão da eleição. Durante o conclave, é proibido o envio de cartas, mensagens ou ligações, bem como o recebimento de jornais ou o acompanhamento de transmissões externas.

Quantos votos são necessários para eleger o novo Papa?

Para uma eleição válida, é exigida a maioria de dois terços dos votos dos cardeais presentes. Caso o número de eleitores não seja divisível por três, aplica-se um ajuste para assegurar a maioria qualificada. No primeiro dia de conclave há apenas uma votação. Nos dias seguintes, realizam-se duas votações pela manhã e duas à tarde. Após a contagem dos votos, as cédulas são queimadas: fumaça preta indica votação inconclusiva e fumaça branca, a eleição de um novo Papa. Se após três dias não houver consenso, os cardeais podem fazer uma pausa de até um dia para orações, reflexões e uma breve exortação espiritual.

O que acontece após a eleição?

Uma vez escolhido, o novo Papa é questionado pelo Cardeal Decano: “Aceitas tua eleição canônica como Sumo Pontífice?” e, em caso afirmativo, é-lhe perguntado o nome que deseja adotar. O Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, na função de notário, registra a aceitação e o nome escolhido, com o auxílio de dois testemunhos. A partir desse momento, o eleito adquire plena autoridade sobre a Igreja e o conclave se encerra. Os cardeais prestam homenagem e prometem obediência ao novo Pontífice. Em seguida, o Cardeal Proto-Diácono anuncia a eleição ao povo com a tradicional frase: “Habemus Papam”, e o novo Papa concede a Bênção Apostólica Urbi et Orbi da sacada da Basílica de São Pedro.