Canguçu, segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Depois de 365 dias, é o fim ou o (re) começo?

Nos últimos dias, suscitei-me em revirar as páginas do cotidiano para procurar fatos que marcaram o ano de 2019 seja no município, no Brasil ou no mundo. Muitas vezes nós não entendemos o porquê comemoramos o ano novo… Se pararmos para pensar, é irônica a ideia de reservar o último dia do ano para brindamos […]


Nos últimos dias, suscitei-me em revirar as páginas do cotidiano para procurar fatos que marcaram o ano de 2019 seja no município, no Brasil ou no mundo.

Muitas vezes nós não entendemos o porquê comemoramos o ano novo… Se pararmos para pensar, é irônica a ideia de reservar o último dia do ano para brindamos e vestirmos branco, pelo simples fato da terra ter dado uma volta ao redor do sol (movimento de translação).

A comemoração de um novo ano é o princípio máximo da renovação (desta, falarei já, já). Buscamos no francês a palavra “réveillon”. Esta, por sua vez, remete a vigília, ao ato de estar acordado. 2019 ensinou-nos que não basta somente estarmos acordados. É necessário mais!

2019 trouxe grandes lições. Aprendemos, acima de tudo, que a vida é o agora. Um instante fez de pessoas, essência. Um momento fez de sonhos, realidade.

Vivemos momentos tensos seja no âmbito político, econômico e social. Velhas feridas continuaram doendo e nós conhecemos de perto o poder que o tempo tem sobre nós.

Apesar de tudo, 2019 fez-nos mudar alguns conceitos… Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostrou que as tradicionais simpatias de ano novo terão como principal alvo o “faz-me rir”: 16% do brasileiros farão alguma simpatia para arranjar dinheiro. Já diriam nossas mães e pais: “dinheiro não dá em árvore”. Por mais simpatia, seja dinheiro, amor ou qualquer outra coisa só iremos conseguir buscando.

A terra – “desde que é terra” – roda a cento e sete mil quilômetros por hora e faz o mesmo ciclo. E nessa velocidade, durante o ano, nós enaltecemos a amizade e/ou conhecemos alguém na fila do pão. Mesmo assim, erramos e muito, mas talvez tenhamos aprendido algo com isso.

O próximo ano é sinônimo de começo. Esse tal “começo” é apenas a primeira etapa de qualquer ciclo. Normalmente, ele tem mais a ver com cuidado e espera, do que sonho e realização.

Iniciar algo exige responsabilidade e amor. Se pararmos para pensar, sem um começo não existiria o mundo e, de história em história, a nossa vida.

Prepare-se! Novos começos podem vir antes, durante ou depois do novo ano. Os pontos finais não servem apenas para encerrar histórias, podem indicar o início de um novo parágrafo. O importante mesmo é saber que a vida é muito curta para esperar o ano que vem!

Em 2020, nenhuma oportunidade baterá a nossa porta se não ousarmos ter uma porta antes. O que não podemos é nos iludir, mas por via das dúvidas irei pular minhas sete ondinhas…

Se por sorte, vivemos 2019, em 2020 vamos perseverar! Afinal, como já diria Cervantes: “A perseverança é a mãe da boa sorte”.


O AUTOR

Luiz Guilherme Helwig Almeida bacharelando em Letras – Redação e Revisão de Textos pela UFPel, bacharelando em Jornalismo pela UCPel e atua na área de Marketing e Comunicação e é professor do Colégio Aparecida (CFNSA) em Canguçu.