Canguçu, sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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Inspetoria divulga orientações sobre foco de raiva herbívora encontrado no interior de Canguçu

A fim de orientar os agricultores e pecuaristas do município, a Inspetoria de Defesa Agropecuária realizou uma lista de informações sobre o foco de raiva herbívora encontrado no interior de Canguçu. Além disso, ainda se colocaram à disposição da comunidade que necessitar sanar dúvidas sobre o assunto, através do telefone e whatsapp (53) 3252-1129 ou email […]


A fim de orientar os agricultores e pecuaristas do município, a Inspetoria de Defesa Agropecuária realizou uma lista de informações sobre o foco de raiva herbívora encontrado no interior de Canguçu.

Além disso, ainda se colocaram à disposição da comunidade que necessitar sanar dúvidas sobre o assunto, através do telefone e whatsapp (53) 3252-1129 ou email ivz-cangucu@agricultura.rs.gov.br.


Foco de Raiva Herbívora em Canguçu

A raiva é considerada uma das zoonoses de maior importância em saúde pública, não só por sua evolução drástica e letal, como também pelo seu elevado custo social e econômico.

Estima-se que a raiva bovina na América Latina cause prejuízos anuais de centenas de milhões de dólares, provocados pela morte de milhares de cabeças de gado, além dos gastos indiretos com vacinação dos animais e inúmeros tratamentos vacinais á pessoas que tiveram contato com animais positivos.

O principal transmissor da raiva é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. Essa espécie é abundante em regiões de exploração pecuária e por essa razão vários países, assim como o Brasil, desenvolveram programas para o controle desta enfermidade.

Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária
Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desde 1966 o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) instituiu o Programa de Combate à raiva dos Herbívoros (PNCRH). O programa estabelece ações visando o efetivo controle da ocorrência da raiva dos herbívoros e não à convivência com a doença. Esse objetivo é alcançado por meio da vacinação dos bovinos e equinos e do controle da população do morcego hematófago.

Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária

 

No estado do RS somente em 2021 já foram diagnosticados pelo menos 5 focos de raiva herbívora, sendo o mais recente no município de Canguçu.

Em Canguçu o último foco de raiva herbívora havia sido registrado em 2016.

No foco atual, descoberto na localidade denominada Florida, cerca de 10 animais já morreram com sintomas condizentes com a raiva herbívora, sendo eles bovinos e equinos.

O diagnóstico definitivo de raiva deste caso foi determinado pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, laboratório este da Secretaria da Agricultura P

ecuária e Desenvolvimento Rural do RS. Este diagnóstico foi realizado a partir de um cérebro coletado de um bovino morto em uma propriedade rural da localidade da Florida.

Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária

Dado a estes fatos citados acima se recomenda aos produtores de Canguçu e região as seguintes ações:

  • Vacinar seus animais

A vacina tem um valor baixo, pode ser aplicada em todos os animais e não traz interferência nenhuma no animal ou seus subprodutos. Cabe-se salientar que os animais que forem vacinados pela primeira vez, deve ser aplicada uma segunda dose com intervalo de 21 dias. Já para animais vacinados com regularidade, a mesma deve ser aplicada anualmente.

  • Informar a Inspetoria de seu município sobre agressões de morcegos hematófagos aos animais

Informar a Inspetoria sempre que notar sinais de mordeduras nos animais, principalmente na região das cruzes, pescoço e orelhas. O morcego possui em sua saliva uma substância anticoagulante e por este motivo nota-se um sangue escorrido sobre o pelo do animal após a agressão do morcego hematófago.

Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária
  • Procurar novos refúgios do morcego hematófago

Vários refúgios do morcego hematófago já são conhecidos e georreferenciados, mas em se tratando de nossa região com muitos matos, arroios e cerros existem inúmeros refúgios ainda não conhecidos, cabendo ao produtor encontrá-los e comunicar a Inspetoria para posterior revisão e controle dos morcegos.

 

Os principais refúgios escolhidos pelos morcegos são: cavernas, ocos de árvores, sulapas, taperas e frestas de pedra. É imprescindível que seja um local escuro, sem presença humana e com água próxima.

 

Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária
Foto: divulgação Inspetoria de Defesa Agropecuária