Ministério Público acusa ginecologista Cairo Barbosa de estupro de vulnerável e oferece terceira denúncia
O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu, nesta sexta-feira (18), a terceira denúncia contra o ginecologista Cairo Barbosa. Desta vez, a promotora Luana Rocha Ribeiro o acusa dos crimes de violação sexual mediante fraude contra seis vítimas e estupro de vulnerável contra uma mulher com 37 semanas e cinco dias de gestação. Ao […]
O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu, nesta sexta-feira (18), a terceira denúncia contra o ginecologista Cairo Barbosa. Desta vez, a promotora Luana Rocha Ribeiro o acusa dos crimes de violação sexual mediante fraude contra seis vítimas e estupro de vulnerável contra uma mulher com 37 semanas e cinco dias de gestação. Ao total, ele é acusado de crimes contra 19 pacientes. A pedido do MP, ele foi preso nesta quinta-feira. Antes disso, também por solicitação da promotora Luana, ele foi afastado de suas funções no hospital e teve suspensa sua licença médica.
Na denúncia protocolada nesta sexta-feira, a promotora relata que em 18 de junho de 2020, no Hospital de Caridade de Canguçu, o médico “praticou, mediante violência, meio que não pode oferecer resistência e com violação de dever inerente à profissão, ato libidinoso diverso da conjunção carnal”. A vítima estava em início de trabalho de parto. Para a promotora, a impossibilidade de resistência foi acentuada pelo fato de o profissional ser o único obstetra de plantão no único hospital de Canguçu, fazendo com que a vítima dependesse daquele atendimento.
O denunciado, na condição de médico ginecologista e obstetra, aproveitou-se do fato de a vítima, em estágio final de gestação e com início de contrações, acreditar que estava se submetendo a exame clínico, massageou o seu clitóris sem o uso de luvas de proteção, sob a justificativa de que precisaria masturbá-la para aumentar as contrações. “A ofendida, jovem e inexperiente, extremamente desconfortável e com dores, solicitou a entrada de sua genitora na sala. Entretanto, o acusado a impediu de chamá-la, e prosseguiu na realização dos atos libidinosos apesar dos insistentes pedidos de que cessasse. Durante a conduta libidinosa, o denunciado usou de força excessiva (violência) e ‘empurrou o útero’, causando dor que levou a vítima às lágrimas, e fazendo com que ela deixasse o local com sangramento. A vulnerabilidade da vítima no momento dos fatos ainda se evidencia pelo poder da autoridade médica e da confiança depositada nesse profissional de saúde, com quem ela se encontrava a sós na sala de exames”, descreve a promotora na peça.
Os demais crimes constantes na denúncia desta sexta, contra seis vítimas, ocorreram entre fevereiro de 2012 e março de 2017.
Com informações do Ministério Público