Para dias melhores: Reciprocidade, por favor!
O temido COVID-19 é uma vírgula na nossa rotina e, se não cuidarmos, é um ponto final e fatal. Talvez, precisamos, de fato, passar por tudo isso. Talvez a pandemia seja, porque não, uma reticência que indique a salvaguarda de um futuro melhor, ainda não desenhado. Cabe lembrar que precisamos continuar a dar novos capítulos […]
O temido COVID-19 é uma vírgula na nossa rotina e, se não cuidarmos, é um
ponto final e fatal. Talvez, precisamos, de fato, passar por tudo isso. Talvez a
pandemia seja, porque não, uma reticência que indique a salvaguarda de um
futuro melhor, ainda não desenhado. Cabe lembrar que precisamos continuar a
dar novos capítulos para a história (capítulos bons, únicos e inesquecíveis).
De repente, estamos acompanhando, atônitos, a liberdade (o próprio direito de
ir e vir) escorrer pelas nossas mãos. Foi necessário uma pandemia surgir, para
fazer-nos lembrar de como ainda é bom ganhar um abraço ou, até mesmo, um
beijo do lado do rosto.
Um alô para o mestre Raul Seixas que, em 1977, já previa com detalhes, o dia
em que a terra iria parar. E, realmente, ela parou, ou melhor, desacelerou.
Talvez fosse a hora de uma pausa e a terra já responde a tal. A pandemia
Covid-19 – que se espalhou no planeta – está fazendo com que ao menos um
milhão de toneladas de CO2 deixe de ser emitida no mundo por dia. Rios estão
recuperando a vida e a natureza a refazer seu ciclo.
Sob o pálio dos dados tão bonitos, ainda lembremos dos alarmantes, os quais
somos diariamente bombardeados. Creio que surge uma dúvida que adeja em
nossos pensamentos: o ser humano esqueceu do cuidado ou cuidou do
esquecimento? Esquecemos do bem comum e seguimos frequentando lugares
(não essenciais). Velamos a estatística, mas saímos desatinados em busca de
respostas, em Fake News.
O jornalismo, por exemplo, nessa onda pandêmica, é uma das peças chaves
para a cura dessa nova mácula da sociedade. É por meio da informação oficial
e apurada que poderemos nos libertar, com mais eficácia, do novo coronavírus.
Infelizmente, as lendas ainda tem possuem grande poder. Por isso, informe-se,
sempre!
A principal recomendação, em tempo de incerteza, será sempre uma: exercite
a empatia! Muito se alarida, pouco se acalma. Somos seres imperativos que,
fatalmente, estamos condicionando a nossa história no subjuntivo do universo.
Se seguirmos a não pensar próximo, a cada nova hora, os casos aumentarão
e, também, grifaremos finais antes do tempo…
Somos a geração da última letra do alfabeto e ainda deixamos vencer o que
nos domina. Espero que possamos continuar a acreditar. Acreditar na criança
que nasce. Acreditar na força da vida. Acreditar na energia do amor. E, por
acreditar na colheita, lembrando do “tal corona”, podemos crer em dias
melhores, de novo.
Somos capazes de fomentar amores que marcam e canções que se eternizam.
Somos autores das partidas, mas, também, assinamos os melhores beijos.
Tudo isso para lembrar que sempre seremos autores da mais bela arma para
conter essa ou qualquer outra pandemia: a reciprocidade!
Tudo passa pela reciprocidade (inclusive as doenças “esquecidas”: zika,
dengue, h1n1…). Ela é o mais alto degrau da equidade. Ninguém pode dar vida
ao outro, se não souber viver; conselhos, se não crescer e claro, curar, se não
poder ser cura.
Autoria: Luiz Guilherme Helwig Almeida
Luiz G. H. Almeida
Professor de Produção textual, coordenador de Marketing e Comunicação – Colégio Aparecida
Locutor- Rádio Canguçu FM
Bacharelando em Jornalismo- UCPEL
Bacharelando em Letras (Redação e Revisão de textos)- UFPEL