Petrobras aumentará gasolina em 22 centavos e diesel em 33 centavos
Alta forte nos preços da gasolina e do diesel no radar. Fontes informam que a Petrobras está comunicando elevação dos preços nas refinarias para esta sexta-feira (19). No Rio Grande do Sul, será um aumento de 9,9% para a gasolina e de 14,7% para o litro do diesel. A gasolina passará para R$ 2,48, com alta […]
Alta forte nos preços da gasolina e do diesel no radar. Fontes informam que a Petrobras está comunicando elevação dos preços nas refinarias para esta sexta-feira (19). No Rio Grande do Sul, será um aumento de 9,9% para a gasolina e de 14,7% para o litro do diesel.
A gasolina passará para R$ 2,48, com alta de R$ 0,2262. Já o diesel subirá para R$ 2,58, com aumento de R$ 0,3305 centavos.
“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras. Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020.”, diz o comunicado da estatal.
É o quarto aumento anunciado pela Petrobras para a gasolina em 2021. Somando os ajustes, são quase 35% de alta da gasolina nas refinarias.
Apesar de altos, os reajustes já eram esperados, considerando a paridade de preços com o mercado internacional. O petróleo segue em alta e o real não consegue se valorizar frente ao dólar. Cotação do petróleo e câmbio são os fatores usados pela Petrobras para definir preços nas refinarias, que vendem depois para as distribuidoras, que comercializam para postos de combustível.
Ser esperado não quer dizer que o reajuste não provocará polêmica. O impacto no bolso gera manifestações de imediato, mas isso chegará na inflação, que é um dos desafios da economia brasileira para 2021. Os combustíveis têm influência fortíssima no cálculo dos indicadores de inflação, tanto direta quando indireta, quando o impacto chega em cascata.
No caso do diesel, há a preocupação sobre como os caminhoneiros irão se comportar em relação à alta dessa magnitude.
– Nossa preocupação é com o ritmo destas elevações em um período muito difícil na economia. Poderá ter outros reflexos, inclusive políticos, e isso também preocupa. Vamos analisar – diz o presidente do Sulpetro, sindicato que representa os postos no Estado, João Carlos Dal’Aqua.
Enquanto avisava a cadeia econômica sobre o aumento, a Petrobras enviou à imprensa um material reforçando o que já diz há bastante tempo, de que os preços nas refinarias representam cerca de um terço do preço final da gasolina ao consumidor e metade do diesel.
A estatal usa ainda uma pesquisa da Globalpetrolprices.com abrangendo 167 países e que aponta que o preço médio da gasolina ao consumidor final no Brasil está 17% inferior à média global e ocupa a 56ª posição do ranking. Fica abaixo dos preços observados em 111 países. Para o diesel, em uma amostragem de 166 países, o preço final no Brasil está 28% inferior à média global e ocupa a 43ª posição do ranking, ou seja, inferior a 123 países, destaca a Petrobras.
Para o mercado financeiro, o reajuste é necessário. A Petrobras tem capital aberto, com ações negociadas em bolsa. A política de preços com monitoramento do cenário internacional é essencial para manter a valorização dos papéis da empresa.
– Esse aumento é necessário para não fugir da paridade. Se a companhia não praticar preços internacionais, o custo de financiamento dos credores aumentará, e todo plano de recuperação dela – já em execução – correrá riscos. Não tem jeito – comenta Wagner Salaverry, sócio da Quantitas Asset, gestora de fundos de Porto Alegre.
Na semana passada, o governo federal enviou um projeto ao Congresso para mudar a cobrança do imposto estadual ICMS sobre os combustíveis, mas, mesmo que seja aprovado, não é garantia de redução de preços: O projeto que muda o ICMS de combustíveis reduzirá os preços ao consumidor? O projeto enviado pelo governo federal ao Congresso para mudar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis é uma resposta à alta de preços, mas não garante que haverá redução ao consumidor. O que ele traz é uma previsibilidade sobre o valor do tributo estadual a ser pago.
Abaixo, imagem que está no material da Petrobras apontando como é formado o preço da gasolina e do diesel para o consumidor brasileiro:
Canguçu Online com informações do Jornal GaúchaZH