Psiquiatra Tatiana Damé: Transtorno Depressivo Maior
Depressão – Trata-se de uma doença comum, incapacitante e, frequentemente, mortal. Estimativas traçam um perfil das principais características desta patologia, ou seja, as mulheres são mais acometidas que os homens, e ao longo da vida 15% da população passará por um episódio depressivo. É uma das principais causas de incapacidade dentre todas as doenças e […]
Depressão
– Trata-se de uma doença comum, incapacitante e, frequentemente, mortal. Estimativas traçam um perfil das principais características desta patologia, ou seja, as mulheres são mais acometidas que os homens, e ao longo da vida 15% da população passará por um episódio depressivo.
É uma das principais causas de incapacidade dentre todas as doenças e a principal causa de suicídio. Felizmente a depressão é altamente tratável. Desde que sejam seguidos todos os protocolos técnicos, eles que dirão quanto tempo deverá ser o tratamento, quais as medicações a serem usadas…
As causas incluem os fatores de risco ambientais: traumas, principalmente na infância, estresse e fatores de risco genéticos: ter um familiar de primeiro grau acometido pela doença aumenta os seus riscos de 2 a 4 vezes mais do que quem não tem nenhum familiar.
SINTOMAS
– Apatia, tristeza, falta de energia e determinação;
– Agitação, inquietude e irritabilidade;
– Dificuldades de concentração, alterações do sono, baixa autoestima e desesperança;
– Sentimento de culpa e supervalorização da realidade negativa;
– Em casos mais graves podem ocorrer alucinações;
– Alguns pacientes apresentam depressão sazonal, ou seja, deprimem mais em uma estação do ano, em geral inverno;
– Pensamento de morte, planejamento de plano suicida;
– Em adolescentes e crianças a irritabilidade é um sintoma marcante bem como a automutilação.
ATENÇÃO
30% dos pacientes diagnosticados com depressão inicialmente são, na verdade, bipolares. Nesses pacientes, muitas vezes ocorre um tratamento por décadas sem melhora.
– Depressão em idosos com início tardio pode indicar causas secundárias como processos infecciosos.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Dra. Tatiana de Freitas Damé – Psiquiatra
TRATAMENTO
Existem várias dúvidas e mitos em relação ao tratamento não só da depressão, mas dos transtornos mentais em gerais, além do preconceito em procurar ajuda com um psiquiatra.
Durante a formação, o psiquiatra passa em média 40 horas por semana atendendo pacientes ambulatoriais e 24 horas por semana em regime de plantão hospitalar, pelo período mínimo de 3 anos, o que confere a este o conhecimento necessário para tratar com o devido cuidado dos pacientes que o procuram.
Por que é importante você consultar com um especialista?
Um profissional capacitado trata os pacientes baseados nos protocolos clínicos e estudos, com embasamento científico. O que não é aprovado não pode ser usado no paciente.
Estamos lidando com pessoas, preservá-las e oferecer o melhor tratamento disponível é o mínimo que o profissional deve dispor. Muitas vezes, depressões crônicas são apenas mal manejadas, levando o paciente a pagar um preço muito alto pela imprudência e imperícia dos próprios profissionais não especialistas na área.
Atualmente temos excelentes medicações para o tratamento do transtorno depressivo, que devem, sempre que possível, ser acompanhadas de psicoterapia feita com o próprio psiquiatra ou com o colega psicólogo.
Os antidepressivos trazem os primeiros resultados depois de 15 dias, e devem ser manejados de acordo com as consultas posteriores. A partir daí é possível fazer uma previsão do tempo de tratamento de acordo com o episodio depressivo. Por exemplo, no primeiro episódio, se trata por 6 meses a partir da estabilização do paciente, no segundo episódio, em torno de um ano ou mais e há a recomendação de se tratar por toda a vida a partir do terceiro episódio.
Por que é importante tratar?
O cérebro humano é formado por uma circuitaria de células chamadas neurônios. A cada crise é como se uma parte deste circuito morresse. Quanto mais crises, maior o prejuízo, por isso vemos pacientes com longo histórico de depressão com sintomas de perda de memória, dificuldade de concentração…
O tratamento é mais demorado, sim, e exige uma persistência do paciente na busca pela sua melhora, mudando também suas atitudes, atividade física regular, boa alimentação além do abandono de drogas consideradas recreativas como álcool, que também tem efeito depressor.
A maioria dos pacientes corretamente diagnosticados e tratados de forma adequada conseguem retomar suas vidas com um grau mínimo de prejuízo. A associação da psicoterapia potencializa a melhora quando comparamos com pacientes que só usam a medicação.
TATIANA DE FREITAS DAMÉ
PSIQUIATRA CRM. 27749 \ RQE. 36690
Importante – Antes de você buscar um profissional consulte o órgão de classe médica – CRM, no qual deve constar o registro do mesmo como especialista – RQE. Assim, você saberá que está entregando seu cuidado a alguém capacitado.