Sobe para 82 o número de resgatados em trabalho análogo à escravidão em Uruguaiana
O resgate aconteceu na última sexta-feira (10). No início, o Ministério Público do Trabalho informou que 56 pessoas haviam sido encontradas nesta situação em uma lavoura de arroz. Confira o posicionamento da Federarroz.
Subiu para 82 o número de trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão em duas fazendas de arroz em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, na última sexta-feira (10). Inicialmente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) havia divulgado o resgate de 56 pessoas, no entanto, uma nova contagem foi realizada cruzando dados de todas as equipes que participaram da ação.
Entre os 82, estão 11 adolescentes com idades entre 14 e 17 anos. Esse é o segundo maior resgate registrado no Rio Grande do Sul, atrás apenas dos 207 trabalhadores encontrados em Bento Gonçalves, em fevereiro.
O grupo foi localizado nas estâncias Santa Adelaide e São Joaquim, após uma denúncia informar sobre a presença de adolescentes nas propriedades, sem carteira assinada e com condições irregulares. Todos eram de municípios da Fronteira Oeste, em especial Itaqui, São Borja, Alegrete e Uruguaiana.
Em nota, a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul – Federarroz, afirma que o fato pode não se enquadrar nos requisitos de ordenamento jurídico para ser “trabalho análogo à escravidão”, e reiterou os compromissos da lavoura de arroz gaúcha com a construção de um país e uma sociedade livre, justa e solidária, sem preconceitos ou outras formas de discriminação.