Nova pesquisa aponta constante melhora dos pequenos negócios no RS
As boas notícias começam a surgir com mais consistência no âmbito dos pequenos negócios gaúchos. A 13ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS, entre os dias 28 de maio e 30 de junho, revela que o novo modelo de gestão da pandemia no Estado, permitindo o funcionamento […]
As boas notícias começam a surgir com mais consistência no âmbito dos pequenos negócios gaúchos. A 13ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS, entre os dias 28 de maio e 30 de junho, revela que o novo modelo de gestão da pandemia no Estado, permitindo o funcionamento de maior número de atividades, aliado ao impulso no ritmo da vacinação, está tendo reflexos positivos. Há uma retomada da maior parte dos empreendimentos, e, 4 em cada 5 deles seguem em funcionamento.
Além disso, aumentou para 21% a percepção de melhoria dos negócios. A confiança na economia do Rio Grande do Sul também manteve a trajetória de alta, com 17%. Entre as empresas que não estão funcionando, o principal motivo para 27% delas é a necessidade de remodelagem do negócio, e, apenas 10% informaram que decidiram fechar definitivamente seu negócio, decisão esta motivada, principalmente, pela falta de capital de giro (55%), falta de clientes (41%) e porque não conseguiram reposicionar o negócio (23%). Em relação às expectativas para os próximos 3 meses, 60% dos empresários se mostraram confiantes na melhora da situação do seu ramo de atividade, e 47% confiam que também a economia do Estado irá melhorar.
A retomada das atividades está impactando positivamente o faturamento para 21% das empresas, que sinalizaram aumento. O comportamento é semelhante ao de janeiro de 2021, quando também havia perspectiva de melhora nas atividades. Dos 48% que indicaram redução, apenas 26% apontam que a queda foi superior a 50%. O nível de ocupação de pessoas, igualmente, está em alta: 13% responderam que houve aumento, e 49% indicaram a manutenção do patamar atual.
O diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy, diz que os números são positivos, no entanto é preciso acompanhar a evolução dos indicadores com atenção, pois as pressões inflacionárias, e a provável elevação da SELIC, aliada à falta de muitos insumos, podem comprometer uma recuperação mais vigorosa da economia. Assim também, o combate à pandemia da covid-19 continua sendo fator fundamental na manutenção das expectativas positivas dos agentes econômicos. “O avanço da vacinação, os protocolos de funcionamento das empresas e a gestão ativa por parte dos municípios, tendem a favorecer a continuidade da recuperação econômica, estimulando a volta à normalidade até o final do ano”, destaca.
Sempre alertas
Mesmo com a melhoria das atividades, a principal necessidade dos empresários ainda são recursos para capital de giro, apontado por 46%, seguido por recurso para investimento (38%) e orientação sobre o uso de ferramentas digitais (37%). Por outro lado, 68% das empresas pesquisadas indicaram que tem disponibilidade de caixa para operar nos próximos 30 dias, sendo que no mês de maio este percentual era de 64%.
A Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise foi realizada de forma online com clientes atendidos pelo Sebrae RS. O nível de confiança é de 95% e margem de erro de 4,9%. Veja as outras edições da pesquisa no link https://datasebrae.com.br/rs/.
A pesquisa em números
Situação atual
51% piorou
29% sem alteração
20% melhorou
Funcionamento
85% sim
15% não
Faturamento
31% Manteve inalterado
48% diminuiu
21% aumentou
Financiamento
75% não precisou
25% precisou
O que o empreendedor precisa
46% recurso para capital de giro
38% recurso para investimento
37% orientação sobre o uso de ferramentas digitais
28% consultoria/orientação para gestão financeira
26% Análise sobre tendências e perspectivas do mercado e
24% parcerias com outras empresas para otimizar negócios
21% Alternativas para diversificar produtos/serviços
19% consultoria para gestão de crise
17% Análise de comportamento do consumidor