Canguçu, domingo, 24 de novembro de 2024
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Indústria avícola se posiciona contra vacinação para a gripe aviária

Entenda o posicionamento da instituição em momento de alerta para a doença no Brasil


A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) se posicionou de forma contrária à vacinação de aves contra o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). O procedimento, já adotado em países como o Uruguai, por exemplo, é considerado inviável pela associação, dado o tamanho do plantel brasileiro de aves comerciais. “O Brasil produz quase 7 bilhões de aves de corte em um ciclo de 40 dias, o que torna a vacinação impossível na prática”, analisa o presidente do Conselho Consultivo da ABPA, Francisco Turra.

Em comunicado, a entidade informou apoiar estudos para vacinação contra a gripe aviária, mas em linha com ideias defendidas pelo Conselho Internacional de Avicultura (IPC) e pelo Conselho Internacional de Ovos. Porém, é contrária à imposição de barreiras comerciais a países que adotam estratégia de vacinação, estratégia também evitada pelos Estados Unidos até o momento. O temor é que a imunização do plantel industrial brasileiro gere restrições de compra em mercados internacionais.

O presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, afirma que a entidade está alinhada ao posicionamento da ABPA. “Enquanto não tivermos casos que afetem nossa produção industrial, não vemos razão para vacinar”, destaca, ressalvando que novas avaliações serão feitas se houver mudança no cenário.

A produção nacional de carne de frango encerrou 2022 com 14,5 milhões de toneladas, conforme a ABPA. O número é 1,5% superior ao registrado no ano anterior, com 14,329 milhões de toneladas. Com essa quantidade produzida, o Brasil supera a China e assume o segundo lugar entre os maiores produtores mundiais de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos.

*Com informações Correio do Povo