Comissão de Ética da Câmara Municipal de Canguçu aprova advertência pública a vereador
A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Canguçu aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (22), relatório pedindo uma “advertência pública” ao vereador Oraci Teixeira de Souza (PSB), que ofendeu e ameaçou a integridade física de um colega servidor público em um grupo de motoristas da saúde do município. Na ocasião, o político desferiu palavras de […]
A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Canguçu aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (22), relatório pedindo uma “advertência pública” ao vereador Oraci Teixeira de Souza (PSB), que ofendeu e ameaçou a integridade física de um colega servidor público em um grupo de motoristas da saúde do município. Na ocasião, o político desferiu palavras de baixo calão ao servidor Lázaro Muller e ainda disse que iria pegá-lo do pescoço caso ele passasse na rua onde o vereador mora. Posteriormente o vereador apresentou atestados de saúde dizendo “não estar bem” quando proferiu as ofensas. Ele está afastado das funções de motorista da prefeitura de Canguçu, para a qual apresentou atestado de 90 dias. Já na Câmara segue atuando, aparentemente em pleno estado de suas faculdades físicas e mentais. Ele, inclusive, fez manifestação na tribuna se retratando sobre o fato.
Uma denúncia formal, além de ocorrência policial, foi apresentada em 3 de maio para a Câmara pedindo providências contra o vereador. Após todos os trâmites, ouvidas as partes, a comissão determinou o relator Ubiratan Rodrigues (PP) para relatório. Este entendeu que a denúncia deveria ser arquivada. Ubiratan também está envolvido em polêmicas quando foi indicado pelo colega de Câmara, Xico Vilela, de estar assistindo a um filme pornô na sessão de 5 de junho de 2023, quando Vilela desferiu ofensas racistas e misóginas em plenário. Este processo de cassação está em andamento.
A comissão de ética entendeu que não deveria aprovar este relatório e não aceitar que fossem colocados panos quentes em respeito ao denunciante. Então foi nomeada uma nova relatora, a vereadora Iasmin Roloff (PT).
Iasmin apresentou relatório pedindo uma advertência pública escrita, conforme define o regimento. Outras punições previam afastamento por determinados períodos. O parecer foi protocolado na tarde de quinta na Câmara de Canguçu.
A decisão acende um alerta, já que a Câmara de Canguçu tem sido palco de muitas polêmicas envolvendo vereadores
Fonte: Canguçu em Foco