Na noite desta terça-feira, dia 12, o vice-prefeito e pré-candidato a prefeito de Canguçu, Cledemir Gonçalves, revelou ter sido alvo de deepfake através da circulação em grupos de Whatsapp de um vídeo com áudio falso. Foi registrado Boletim de Ocorrência por difamação.
De acordo com o trecho divulgado por Fininho, no vídeo falso, ele fala sobre a chapa para as eleições, ataca outro possível pré-candidato e diz que “quem decide a eleição em Canguçu não é o interior e sim, a cidade”. O vice-prefeito lamentou o ocorrido e disse que a ação criminosa foi feitas na tentativa de deturpar sua imagem:
“Ficamos, é claro, muito chateados e tristes com esse processo. Quem nos conhece há um longo tempo no município, sabe o quanto que a gente é serio, comprometido e honesto com as causas de Canguçu.”
O termo deepfake é usado para definir uma técnica que consiste na criação de conteúdos não reais, que podem ser áudios e imagens, produzidos com auxílio de inteligência artificial (IA).
Embora a criação de deepfakes não seja crime, nem as tecnologias utilizadas sejam ilegais, o disparo das informações falsas pode ser caracterizado como tal. No Brasil, não há lei específica que aborde especificamente as fake news. Porém, o infrator pode ser punido com base nas penas para os crimes de calúnia, injúria e difamação.