Canguçu, sábado, 23 de novembro de 2024
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Chuvas e alta umidade dificultam avanço na colheita da soja

O início do período com chuvas e alta umidade impediu o avanço da colheita na maior parte do Estado. O retorno das máquinas às lavouras se intensificou este mês, limitando-se às lavouras de topografia mais elevada, já que, nas mais baixas, ainda havia muita umidade, impossibilitando o acesso. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido […]


O início do período com chuvas e alta umidade impediu o avanço da colheita na maior parte do Estado. O retorno das máquinas às lavouras se intensificou este mês, limitando-se às lavouras de topografia mais elevada, já que, nas mais baixas, ainda havia muita umidade, impossibilitando o acesso.

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado na última quinta-feira (12) pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), nos dias subsequentes, as atividades foram intensas e buscaram diminuir a proporção de lavouras já maduras expostas as intempéries. O produto colhido apresentou alta umidade, acima da ideal para a operação.

Na amostragem da primeira quinzena de maio, realizada em 361 municípios das 12 regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, o índice de colheita alcançou 83% dos cultivos. Permanecem a campo 16% em maturação, e 1% está em fase final de enchimento de grãos. Onde as precipitações foram em maior volume, constatou-se danos nos grãos de plantas maduras, como abertura de vagens, queda e início de germinação de grãos. As lavouras em maturação não apresentaram danos causados pelo longo período de alta umidade.

Milho

A colheita do milho novamente ficou praticamente paralisada em razão da priorização dada pelos produtores à colheita da soja e em razão das chuvas volumosas e frequentes que ocorreram até começo de maio. Mesmo após a manutenção de tempo firme, a umidade do grão e a umidade do solo continuaram elevadas, impedindo o andamento dos trabalhos. Assim, o índice evolui apenas 1%, chegando a 86% dos cultivos. Outros 11% estão em maturação e somente 3% ainda em enchimento de grãos.

Milho silagem

A colheita do milho silagem alcançou 90% da área cultivada, prejudicada pela recorrência de chuvas na primeira metade da semana. Contudo, desde o começo do mês, já foram retomadas as operações de corte e ensilagem para aproveitar a turgidez das plantas e a proporção adequada de grãos na massa a ser ensilada. Restam ainda 4% dos cultivos em maturação e 6% em enchimento de grãos.

Feijão 1ª e 2ª safra

A colheita da primeira safra de feijão foi encerrada na maior parte do Estado. A produtividade é estimada em aproximadamente 1.200 kg/ha, com variação negativa de cerca de 30% na projeção inicial da safra.

Os cultivos em segunda safra encontram-se predominantemente em fase de enchimento de grãos, que totalizam 45%, seguidos de lavouras em maturação, com 35%. Já foram colhidos 20%, e a produtividade estimada é de 1.623 kg/ha, sendo cerca de 20% superior à estimada inicialmente para o segundo cultivo. A boa perspectiva de produção decorre das boas condições durante o ciclo, com chuvas recorrentes desde a sua implantação e sem maiores infestações de pragas nem doenças.

No entanto, persiste a preocupação dos produtores com as condições do tempo, que apontam para noites mais frias, alertando-os em relação ao controle da antracnose. Além disso, as chuvas em excesso estão trazendo alguns problemas de doenças fúngicas nas lavouras que estão em fase de enchimento de grãos.

Fonte: Ascom / Secretaria da Agricultura RS