Secretaria da Agricultura recomenda reforço das medidas de prevenção contra influenza aviária
Iniciativa privada, produtores e criadores devem reforçar medidas de biosseguridade das granjas avícolas após a recente confirmação de casos de Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP – vírus H5N) em aves não comerciais na Colômbia e no Peru. O alerta foi feito pela Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural […]
Iniciativa privada, produtores e criadores devem reforçar medidas de biosseguridade das granjas avícolas após a recente confirmação de casos de Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP – vírus H5N) em aves não comerciais na Colômbia e no Peru. O alerta foi feito pela Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) por meio de nota técnica.
Conforme a médica veterinária e fiscal estadual agropecuário da Seapdr, Ananda Paula Kowalski, a influenza aviária é uma doença altamente contagiosa, causada por vírus que pode ser transmitido pelo ar, água, alimentos, materiais e veículos contaminados, bem como pelo contato com aves doentes.
“Aves silvestres de vida livre representam a maior ameaça. A doença nunca foi detectada no Brasil, porém o aumento do número de casos em diversos países e sua ocorrência na América do Sul alerta para a atenção redobrada, especialmente devido à migração de aves do Hemisfério Norte para o Sul”, destaca Ananda.
O Rio Grande do Sul abriga dois importantes sítios de aves migratórias: o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e a Estação Ecológica do Taim.
A médica veterinária pontua quer o Serviço Veterinário Oficial (SVO) do Estado está atento e atua de forma contínua na orientação dos produtores quanto às medidas preventivas para evitar a entrada de doenças nas granjas. “Um amplo trabalho de vigilância em granjas avícolas com avaliação clínica de aves e colheita de amostras vem sendo realizado em todo território nacional”, explica Ananda. Ela conta que, até o momento, foram visitadas 328 granjas e coletadas 10.824 amostras no Rio Grande do Sul.
“Na sequência, o SVO iniciará uma vigilância em aves de subsistência (fundo de quintal) em propriedades localizadas em áreas de rota migratória, consideradas de maior risco para influenza aviária”, continua a fiscal. “Além da demonstração de ausência de circulação viral, a vigilância tem o objetivo de adoção de ações de contenção e mitigação o mais rápido possível caso a doença seja detectada no território nacional”, esclarece.
Segundo Ananda, caso sejam observados sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou ainda mortalidade elevada de aves em curto espaço de tempo, sejam elas comerciais, de subsistência ou silvestres, o Serviço Veterinário Oficial deve ser notificado imediatamente. A notificação pode ser realizada diretamente às Inspetorias de Defesa Agropecuária (telefone, e-mail ou pessoalmente) ou ainda através do whatsapp (51) 98445-2033.
“O Brasil é o maior exportador mundial de carne frango e manter a sanidade do plantel é um desafio que depende do esforço conjunto”.
Recomendações do Programa
O Programa Estadual de Sanidade Avícola do Rio Grande do Sul recomenda aos avicultores que revisem o estado geral da estrutura física de suas granjas e intensifiquem os procedimentos de prevenção com especial atenção:
– telas dos galpões e passarinheiras íntegras para que evitem a entrada de pássaros;
– corrigir falhas de vedação nos galpões;
– remoção de ninhos de pássaros nos telhados e de entulhos no entorno dos galpões que possam servir de abrigo para roedores;
– veículos devem ser desinfetados antes da entrada e na saída das granjas;
– controle rigoroso do trânsito de veículos e pessoas. Não permitir a entrada de pessoas que não fazem parte do processo de produção;
– manter registro de entrada de pessoas e veículos;
– utilização de roupas e calçados exclusivos dentro dos aviários;
– pessoas que trabalham nas granjas devem evitar ao máximo o contato com outras aves;
– controle permanente de roedores;
– proteger fontes de água e caixas d’água.
Fonte: Ascom RS