Gripe aviária é uma preocupação, mas imunizantes já estão em fase experimental
Desde janeiro, a Organização Mundial da Saúde alerta para o perigo emergente da gripe aviária no mundo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura, há 31 focos da doença, todos em aves silvestres. Com o aumento dos casos, já há a preocupação do Instituto Butantan com o desenvolvimento de um imunizante. “A gente começou em janeiro, […]
Desde janeiro, a Organização Mundial da Saúde alerta para o perigo emergente da gripe aviária no mundo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura, há 31 focos da doença, todos em aves silvestres. Com o aumento dos casos, já há a preocupação do Instituto Butantan com o desenvolvimento de um imunizante.
“A gente começou em janeiro, no Instituto Butantan, a preparar algumas etapas importantes da produção de uma vacina contra a gripe aviária para deixar ela pronta, caso a gente comece a enfrentar uma crise sanitária, como aconteceu com a covid-19”, diz o professor Esper Kallás, da Faculdade de Medicina e diretor do Instituto Butantan. São estudadas duas cepas da H5N1 e uma da H5N8: “Começamos a fazer lotes experimentais da vacina e agora estamos fazendo os testes pré-clínicos. Devemos começar, até o fim do ano, um teste clínico para verificar se a gente consegue induzir uma resposta imune. Isso é o que a gente deveria ter feito corriqueiramente para as várias doenças que existem por aí, para não sofrermos as surpresas que a gente vivenciou durante a pandemia”, completa.