Mapa preliminar coloca todas as 21 regiões do Rio Grande do Sul em bandeira vermelha
O governo do Rio Grande do Sul divulgou, nesta sexta-feira (27), que todas as 21 regiões foram classificadas preliminarmente com a bandeira vermelha no Distanciamento Controlado. Conforme a avaliação desta 30ª rodada, o número de pacientes internados em leitos clínicos e UTIs atingindo picos históricos, fez com que todo o território gaúcho fosse considerado como […]
O governo do Rio Grande do Sul divulgou, nesta sexta-feira (27), que todas as 21 regiões foram classificadas preliminarmente com a bandeira vermelha no Distanciamento Controlado. Conforme a avaliação desta 30ª rodada, o número de pacientes internados em leitos clínicos e UTIs atingindo picos históricos, fez com que todo o território gaúcho fosse considerado como alto risco para a contaminação do novo coronavírus.
Segundo o levantamento do governo, a situação piorou no último mês. De 30 de outubro a 26 de novembro, os indicadores apontam elevação de 26% (de 830 para 1.047) no número de hospitalizações confirmadas por Covid-19 e aumento de 30% (de 712 para 928) de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Além disso, o número de internados em leitos clínicos com coronavírus cresceu 54% (de 768 para 1.183) e o número de mortes subiu 31% (de 211 para 276).
É a primeira vez que todas as regiões ficam em bandeira vermelha no modelo do Distanciamento Controlado. De acordo com o governo, o mapa mais avermelhado foi o preliminar da 15ª rodada, que apresentou 16 regiões com risco alto. Após recursos, o mapa definitivo, vigente entre os dias 18 e 24 de agosto, deixou 14 regiões em vermelho.
Segundo o governador Eduardo Leite, o Estado está vivendo o pior momento da pandemia até agora. “Os números apontam para bandeira vermelha em todas as regiões. É um alerta que se apresenta no nosso Estado, na mesma direção do que está acontecendo em outros Estados. Estamos de fato vivendo uma segunda onda de coronavírus aqui no Rio Grande do Sul e também em outras regiões”, alertou.
Ainda de acordo com os dados do governo, o Estado chegou, nessa quinta-feira, a 1.183 pacientes hospitalizados por conta do coronavírus e a 775 pessoas internadas em leitos de UTI. Com a manutenção e o aumento de 13% nos pacientes confirmados por Covid-19 internados, houve nova redução de leitos livres, chegando ao menor nível desde o início do Distanciamento Controlado: 0,67.
As regiões de Bagé, Erechim e Uruguaiana, tiveram, pela primeira vez, a média ponderada que as aproximaram da classificação final em bandeira preta, conforme avaliou a equipe do governo, além da situação piorar em toda a macrorregião Norte, Erechim foi a única que alcançou classificação de risco máximo nos quatro indicadores regionais.
O quadro fez com que o indicador específico que mede a capacidade de atendimento do Estado como um todo recebesse a classificação de risco altíssimo (bandeira preta), cenário que se repete em cinco das macrorregiões – Metropolitana, Serra, Missioneira, Centro-Oeste e Norte, informou o levantamento do governo.
Cogestão
Das 21 regiões, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema da cogestão. As outras 18 já adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo – Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo ngelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado.
As regiões em cogestão classificadas em bandeira laranja podem adotar regras de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).
Os municípios e associações regionais podem apresentar, até as 6h de domingo, pedidos de reconsideração, que serão analisados para que as bandeiras definitivas sejam divulgadas na segunda-feira. A nova fase do Distanciamento Controlado passa a valer oficialmente na terça-feira.
O levantamento completo da 30ª rodada do Distanciamento Controlado está disponível neste link.
Canguçu Online com informações do Jornal Correio do Povo