PF faz operação para prender suspeitos de planejar morte de autoridades
Policiais cumprem 21 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em quatro estados. O senador e ex-juiz federal Sergio Moro era um dos alvos, segundo sua assessoria. Confira detalhes de como a ação era planejada:
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22), uma operação que investiga integrantes de uma facção criminosa suspeitos de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. O senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou, por meio de sua assessoria, que era um dos alvos do grupo criminoso. Até o início da manhã, nove pessoas haviam sido presas.
A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, Moro determinou a transferência do chefe da facção, Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.
De acordo com a PF, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná – onde estão os principais alvos – Rondônia e Mato Grosso do Sul.
Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF. Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.
De acordo com os investigadores, os ataques vinham sendo planejados desde 2022, e uma portaria do governo federal que restringiu visitas nos presídios federais também está entre os motivos dos planos de retaliação contra Moro.
Até a última atualização desta reportagem, a PF não havia informado qual era a portaria que motivou os planos dos criminosos e por que Moro estava entre os alvos mesmo tendo deixado o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2020.
Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.
Confira imagens da Operação Sequaz: